2 meses :)

Há dois meses atrás, eu provavelmente estava caçando um banheiro na Vila Olímpia com T. e B.. Um banheiro que não fosse pago, sabe, porque o que ficava perto do Via Funchal era pago - pura exploração em cima dos fãs de McFly! - e nós não queríamos pagar nada.

Após perguntarmos demais, avistarmos mulheres com sacolinhas da Daslu - e nós, encapotadas, o frio de São Paulo não era brincadeira naquele dia! - e caminhado um pouquinho, achamos um lindo restaurante que podia atender às nossas exigências.

Mesmo que eu não estivesse passando exatamente por este momento há 2 meses atrás, há 2 meses atrás um sonho de anos foi realizado. Com altos e baixos, é claro, mas foi.

Afinal, o que é ser uma garota do interior de São Paulo? É ter que esperar todo mundo de lá se favorecer para depois chegar à você. E é por isso que os campineiros vão ao dia 8 no show. Nem todos os campineiros, afinal. Eu não guardei dinheiro pra esse show porque ele iria ser o meu presente de aniversário. Minha mãe se negava a comprar pela internet. E eu me acalmei, ela disse que iria comprar o ingresso no sábado depois do início das vendas. Ela cumpriu o seu trato, é lógico, mas o Fenômeno McFly foi mais rápido do que ela, tendo como resultado uma filha entrando em depressão até o anúncio do novo show. É, minha gente, eu sou FÃ do McFly. E a história minha com eles já é até meio antiga... Sabe, o Danny ainda fazia chapinha.

Não fui ao dia 9, mas o dia 8 foi memorável. Conheci pessoas maravilhosas, elas fizeram a minha diversão. Tive também os velhos amigos, ou nem tanto assim. Teve até a nossa amiga carioca (foto), que veio do RJ só pra ir em mais um show do McFly... E, logicamente, tudo o que aconteceu neste dia está guardado para sempre em um pobre coração Jones, que agora espera por mais um show do McFly.

É fato que eu quase morri assistindo ao show. Tive de assistir sozinha, tamanho era meu desespero para ficar na frente deles, ver eles de perto, é. Fui pisoteada, mordida, amassada, espancada, perdi quilos de cabelo, mas eu os vi. E me sintonizei com eles. Mesmo que o meu coração estivesse acelerado, a minha pressão baixa estivesse atacando, eu não sentindo que eu estava realmente ali. Eu pulei, cantei, tirei fotos, fiz vídeos, mesmo sem fôlego. Tudo por eles, é o que eu digo sempre.

Ao final do show, abracei a primeira pessoa da caravana que eu encontrei e comecei a chorar, gritando algo relacionado com "Eu vi o Danny" e "Eu quero tomar alguma coisa!". Fui levada ao bar do Via Funchal e não tive dó de gastar 5 reais em um copo de Coca-Cola. Eu tomei aquele copo como se fosse a última bebida da minha vida.

Na hora da volta, todos estávamos xingando um pouquinho. Mas depois, no outro dia, vem aquela sensação boa: "Poxa, eu fui ao show do McFly!"

E é isso que faz a vida valer um pouquinho mais a pena.