Domésticas, o Ano Novo.

Meu nome é Raimunda. Não gosto do meu nome, prefiro o nome da minha prima. Raílde. Tão mais bonito!

Quem vos fala aqui hoje é uma máscara. Não é a dóri.j de sempre, é a Dóri pós-sensibilizada fazendo mais uma crítica boa sobre um filme Brasileiro...

Fala galera do Freckled Guitar!

Após enchermos o rabo de ceia de Natal (eu não, vocês, eu nunca como nada na ceia, eu só como os petiscos antes dela, porque depois eu já estou totalmente cheia), estamos aqui, aguardando pacientemente o Ano Novo.

É a minha data favorita. Se a gente tá na praia, pode dar sete pulinhos nas ondas pra trazer sorte. Ano passado eu o fiz, mas acho que as ondas eram muito pequenas e a sorte não veio na proporção que eu queria... Certo? Ou não.

Se a gente tá em casa, a gente pode comprar calcinha colorida. O que a gente pode fazer na praia também, afinal, ninguém vai na praia de biquíni na noite de Ano Novo. Na noite de Ano Novo a gente tem que ir chique, afinal, Ano Novo, vida nova.

Ao menos é o que a gente acha.

Sempre buscamos por promessas e sonhos no próximo ano. Comemos lentilha, uva e até jiló puro se nos disserem que traz sorte. Damos o primeiro beijo da meia-noite em um homem, para atrair amor. Vestimos amarelo, porque sempre estamos precisando de dinheiro. Compramos até uma coloração loira pro cabelo, caso isso traga ainda mais dinheiro pra gente.

Vocês podem procurar em qualquer site na internet. Cada cor tem um significado. E é batata, mesmo que não funcione, somos fiéis, assim como somos ao horóscopo.

Mas a verdade verdadeira é que é uma das únicas datas que temos pra beber a champanhe e encher o rabo de comida.

Sabe quando alguém pergunta a uma criança o que ela vai ser quando crescer? Ela responde médico, professora, bailarina, artista de novela... Ninguém diz que quer ser doméstica. Porque isso não é uma opção de vida.

Estou brevemente rápida hoje, o negócio tá feio aqui!

Feliz Ano Novo para todo mundo :)