Sonho de consumo, viagem e etc.

Olá para todos! Eu sobrevivi aos meus quatro dias na montanha, acreditem. Fiz uma escalada até a cachoeira mais alta que durou umas duas horas, segurei-me em cordas, pisei na lama, fiquei sem ar lá em cima devido a diminuição de oxigênio... Subi 1.500 metros de altitude e aqui estou eu, postando no freckled. Uma dica pra você, caro leitor, que nunca foi à Visconde de Mauá: quando for, não vá com o seu carro novo. Os pneus vão estar ferrados ao final da viagem, assim como a sua coluna. Mas se você quer um pouco de paz e de sossego da sua vida tumultuada, a montanha é o lugar certo. Subir por 12 cachoeiras pode parecer um programa bem radical (eu que o diga), mas se você quiser apenas comer um fondue de queijo e aproveitar o clima frio com o seu amado/amada, vá com fé. Quem não tem namorado como eu, vai escalar montanha mesmo.

E falando sobre os carros e o estado em que eles ficam, gostaria de pedir ao pessoal do governo de Mauá para asfaltar pelo menos a estrada mais usada. Não vão sair por aí asfaltando trilha no meio do mato, mas ainda assim seria legal não ferrar o carro. Se no futuro eu tiver o meu New Beetle vermelho (o meu sonho de consumo), não vou pra Mauá nunca mais. Eu e meu carro viajaremos para todos os cantos do Brasil, mas eu nunca o prejudicaria. Porque o meu New Beetle seria meu companheiro fiel, meu amigo para sempre, aquele que me compreende e me completa... Assim como os dimons dos seres humanos em "A Bússola de Ouro". Ok, eu provavelmente estou exagerando, mas eu realmente quero ter um carro desse quando eu for mais velha. O problema é o preço dele... Se não for possível, juro que me contento com um fusca vermelho-paixão... Afinal de contas, o que é o New Beetle senão um fusca mais moderno?

Outra aventura da Amanda-da-montanha: acho que finalmente conheci um extraterrestre. TIA LOLA, EU TENHO QUE DETALHAR ISSO PRA VOCÊ!

A rua por onde eu passava pra chegar à casa maravilhosa onde eu fiquei (de um amigo arquiteto dos meus tios) não tinha energia elétrica. Portanto, até chegar à casa perfeita, era a pura escuridão. E eu passava por lá com a lanterna, com meus pais, meu tio e meu irmão, ouvindo "Supermassive Black Hole" do Muse. Ou seja: pura obscuridade e motivos suficientes para alguém sentir medo (quem conhece a música sabe), mas eu não senti. Eis que enquanto eu andava completamente distraída e chutando pedras no escuro, reparo em um ser ao meu lado. Inicialmente pensei que fosse meu tio (que estava andando a frente comigo), mas uma olhada para trás me mostrou que estavam todos ao meu encalço. Aí minha mente parou por um segundo e eu pensei: QUEM É ESSE AQUI AO LADO?

Quando eu o vi pelo canto do olho, achei que fosse o meu tio, porque minha visão periférica me mostrou alguém igual ao meu tio. Todo mundo sabe o motivo: os extraterrestres mudam de forma. Quando ele percebeu que eu notei que meu tio estava atrás de mim como todos os outros, mudou de forma e virou um cara moreno andando tranquilamente no escuro, como se aquela fosse a rua mais movimentada do mundo. E começou a apertar o passo até sumir.

Esqueci o assunto, rodei pela cidade, e mais de três horas depois encontro o mesmo "homem" andando na mesma rua. Ele apareceu na hora em que estávamos indo embora, ou seja: ele havia chegado e agora estava partindo na mesma hora que nós. Isso é muito suspeito.

Agora eu sei que os extraterrestres estão me observando, porque sabem que eu sei que eles existem.

Vou tentar trabalhar na área 51 no futuro. Vou dirigir por todo aquele deserto altamente secreto com o meu New Beetle, o meu sonho de consumo. Espero que meu carro não seja abdusido, eu ficaria altamente chateada com isso.

Ou talvez eu seja apenas uma jornalista com um fusca vermelho-paixão que gosta de escalar montanhas.

É, quase isso.