quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Uma Visita ao Otorrinolaringologista ou Onde Eu Fui Amarrar Minha Égua.

É caros amigos. Rapadura é doce mas não é mole. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. E o ensino médio é tão terrível quanto me falaram. É por isso que eu estou desde segunda feira sem entrar na internet. E séculos sem escrever no Freckled. Bom, o negócio é o seguinte: quem procura acha. E eu acabei achando mesmo. Acordei segunda de manhã e minha cama estava girando. Eu não moro em um parque de diversão. E eu não estava de ressaca. Levantei cambaleante. Contei pra minha mãe. Ela disse "Você estava com dor de ouvido esses dias pra trás. Deve ser alguma coisa no labirinto. Vamos ao otorrino". Bastou isso pra eu me arrepiar todinha. Quer dizer, eu não tenho boas lembranças desse profissional. Ele é aquele que quando você é criança, tira cera do seu ouvido e diz "Olha aqui quanto doce de abóbora!" ou então ele é o cara que, como no meu caso, tira um algodão enorme do seu nariz que estava lá só porque você inventou de limpar o salão com cotonete. É, eu era estranha quando era pequena. Tá, até aí você pode virar e falar "Mas esse é o trabalho dele!", e eu te respondo: NÃO, ESSE NÃO É O TRABALHO DELE, MINHA CARA! Tudo isso é por um objetivo maior: os otorrinos são ET's dumal que querem levar material genético terráqueo para Marte! Claro, assim eles descobrem nossa fraqueza e invadem o planeta com vírus devastadores e extiguem a humanidade! Um plano fácil pra mentes evoluídas como a deles. Mas aí você me pergunta "De onde diabos você tirou essa ideia?" e eu respondo com outra pergunta: onde você acha que vai parar a cera que ele tirou do seu ouvido? OHHH! Duvido que você saiba. Mas eu sei. Ele simplesmente manda por teletransporte até os evoluídos laboratórios marcianos e estuda a composição do nosso DNA. Sim, após a minha fantástica e inovadora teoria, vamos retornar aos fatos. Inacreditavelmente, havia muitos horários vagos naquele dia. E minha mãe marcou. Visando exclusivamente informar meus queridos leitores, me encaminhei, então, naquela tarde para meu contato extraterrestre. Não fiquei surpresa em ter que esperar uma hora naquela sala de espera do hospital. Afinal, vida de ET não deve ser fácil, você tem que rodar o mundo, abduzir pessoas... Quando finalmente eu entrei no cosultório, vi que ele era diferente dos outros. Num canto havia uma cadeira estranha, preta, parecida com aquelas de barbeiro antigas. Toda a decoração parecia extremamente moderna, até demais para um consultório num hospital. Então, me virei para meu querido alien, digo, doutor. Ele tinha uma cabeça achatada, estranha. Quando ele abriu a boca e me cumprimentou com um "Tudo bem?", percebi que ele tinha um sotaque nordestino. Será que todos os aliens tem sotaque nordestino? Jacy, quero mais informações. Contei o que estava acontecendo comigo, ele disse que poderia ser por causa da minha alimentação e patati patatá. Depois, ele pediu para eu me sentar na cadeira de barbeiro. Lá ele tirou cerume do meu ouvido, digo, material genético. Claro que me veio aquela vontade de tossir. Normal. Aí ele praticamente me humilhou, falando que tinha muita cera no me ouvido. Vai catar coquinho em Marte, eu queria falar pra ele, mas me contive e fiquei quieta. Depois, ele foi conversar comigo e disse que eu precisava fazer um exame. Usei a minha força e pensei firmemente "Não vai ser exame de sangue, não vai ser exame de sangue, não vai ser exame de sangue". É, aquele alien infeliz disse que eu tinha que fazer um exame de curva glicêmica. O que nada mais é que ficar quatro horas no laboratório, de jejum, tirando sangue sete vezes com um espaço de meia hora. Querido, se eu quisesse ficar sem sangue dentro do meu corpo eu ia em Forks e pedia ao Edward, não iria nem perder tempo de vir ao hospital. Etezinho filho da mãe! Marquei o tal exame pra sábado. Podem ir preparando uma lápide assim: 17/05/1994 - 07/02/2009. Se eu sobreviver a essa experiência quase-morte eu conto tudo pra vocês. Liguem para NASA! Malditos sejam os ET's! HEHEHE, isso dá uma música.

Beijinho-beijinho, pau-pau.

* Foto do meu doutorzinho num momento lúdico.

4 freckledmaníacos.:

Raah disse...

Nunca mais vou ao otorrinolaringologista!
E vê se isso e nome?!'Otorrinolaringologista' -.-'
Aposto que é um xingamento aos terráquios em Marciano!
Cara, exame de curva glicêmica? Boa sorte pra você então.

Bjoos:*

Izadora Pimenta disse...

Ai gente, que horror.
Tenho ginecologista HOMEM amanhã, quero me matar, bjs.

Anônimo disse...

Eu nunca fui no otorrinoalgumacoisa, o nome ja assusta oO


e boa sorte pra vc no exame...

Mandi disse...

EU SEMPRE SOUBE! HA! AHEIUOHAUEI :D
Cara, que exame! Tremi só de pensar... Odeio sangue! :S
Boa sorte, sobreviva e volte para o Freckled! *-*

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