terça-feira, 21 de julho de 2009

Mude


Tenho que admitir que escrever esse post não foi uma tarefa fácil, até porque eu estou com tempo demais e inspiração de menos ultimamente. Eu ia postar aqui há uma semana, mas não foi o que aconteceu. Férias é ócio. Mas meu ócio não é criativo. Ultimamente eu tenho escrito um monte de coisa com começo e sem fim, e não dá pra postar coisas pelas metades aqui. Enfim, estou aqui para falar o quão bom é mudar. Mudar de ares, de amigos, de hábitos. Não que eu seja uma mudadora (?) compulsiva, sabe, mas mudar de colégio foi um passo muito grande para mim, e que está dando os melhores resultados, ao menos por enquanto. Comecei realmente como aquele poeminha legalzinho do Edson Marques : Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.... E foi isso que eu fiz. Mudei de direção. Ao invés de ir pra ponte que partiu onde eu estudava antigamente, mudei meu caminho para o colégio das freirinhas assanhadas (não sei se elas são assanhadas, mas enfim). O começo foi bem complicadinho até, porque eu não tinha amigos e chegar num lugar onde não se conhece praticamente ninguém, para mim foi sempre um bloqueio. Sou ótima pra me expressar no papel, mas na vida real, acreditem, sou um desastre. Mas aos poucos eu fui conquistando mais amizades, e deixando meus temores um pouco de lado. Tenho alguns bons amigos agora, e o melhor é que eles são totalmente diferentes de mim. Sabe, a gente tenta encontrar afinidade nas semelhanças, mas nas diferenças podemos nos surpreender. Uau! Filosofei legal.

Eu não sei se já comentei aqui que eu era um probleminha ambulante antigamente. Eu vivia doente com algo que ninguém conseguia descobrir. Eu ficava tonta, mas não tinha labirintite, me alimentava bem e não bebia. Eu vivia estressada tentando agradar uma pessoa que não consegue agradar ninguém. Sabe, essa pessoa era minha amiga desde o pré. E até a 5ª série ela era uma boa companhia. Então depois que os problemas começaram a aparecer, ela começou a regredir, ou então a permanecer no mesmo lugar. É complicado explicar isto porque é muito complexo. Eu me interessava por coisas diferentes, gostava de música e de sair de vez em quando. Ela não fazia o menor esforço pra me acompanhar. Até aí tudo bem, nem todo mundo é igual, eu podia conviver com isso. Mas isso começou a piorar quando isso começou a tirar minha liberdade de falar o que eu quero, de gostar do que eu quiser e de ser um pouco menos introvertida. Tudo o que eu fazia era motivo para ela vir com uma crítica na ponta da língua. Eu tentava entender, afinal ela estava passando por problemas de separação dos pais, e bla bla bla. Mas quando percebi que isso não era motivo para tanto, era tarde demais. Ela já tinha me aprisionado e afastado todos ao redor de nós. Ela era rude, grosseira e dava uma patada a cada palavra vinda de uma pessoa com não muita afinidade. Horrível. Sabe, não vou culpar ela por isso, mas minha acomodação em não mudar isso antes que fosse tarde para me prejudicar de outras formas. Eu acho que ela deve sofrer de outros problemas, mas já disse que ela tem a opção de ser feliz, é só ela querer realmente, sabe.

Mudar, isso me fez realmente bem. Não tenho mais meus “piriris” como minha mãe falava. Tenho mais amigos. Faço o que eu quero (inclusive bobagens, erm...). E apesar de ter pegado a primeira recuperação da minha vida, me sinto bem, porque sou eu mesma. E com liberdade! Não que eu tenha virado pop ou uma bitch. Encontrei o meu jeito de ser. Mas eu não me afastei totalmente das pessoas do meu passado, porque eu sou da turma do “nunca diga nunca” e eu posso precisar dela um dia. Isso me faz lembrar que o aniversário dela foi dia 15 e que até hoje eu não fui entregar o presente. Um dia, talvez um dia. Fica a dica. 

1 freckledmaníacos.:

disse...

fiz um blog novo, dá uma olhadinha lá.
www.queromaistempo.blogspot.com
estou seguindo vocês *:

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