sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A vida seguiu em frente



Olá, queridos freckledmaníacos (supondo-se que vocês sejam os mesmos, é claro). Caramba... honestamente, não sei nem quanto tempo faz que eu não escrevo nada aqui. Mas é como dizem, não é? "Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou".


Estou na faculdade agora. Alguém se lembra daquele sonho de passar pra UFRJ?? Pois é: ele se tornou realidade. Faço Comunicação Social, quero entrar pra habilitação em jornalismo (desde sempre, né) e me considero uma pessoa muito feliz. Tenho 18 anos agora... acho que vocês não me reconheceriam se eu não dissesse que sou a Amanda Lazaroni.


Eu ainda escrevo, ainda leio muito, ainda gosto de coisas que a maioria das pessoas jovens não gosta e meu herói ainda é o Peter Pan. Não por ele ter permanecido criança para sempre (eu jamais poderia defender essa ideia agora, se é que algum dia eu a defendi), mas por ele ter mantido a sua essência e ter sido sempre fiel aos seus princípios. Mesmo quando nós não concordamos com os princípios de uma pessoa, isso não significa que elas não tenham seu mérito.


Uma hora da manhã... vocês devem estar se perguntando: "Senhor, o que fez essa garota decidir postar em um blog abandonado à essa hora da noite?"


Bem, essa pergunta é no mínimo justa. Eu estou lendo "O Retorno do Jovem Príncipe" (aquele que supostamente continua a história do Pequeno Príncipe), e senti vontade de me encontrar com uma versão mais nova de mim. Vocês nunca sentem isso? Não acham importante a gente ver o quanto progrediu? Ler minhas próprias palavras aqui foi muito mais eficaz do que reabrir qualquer álbum de fotografia velho. As palavras sempre foram, para mim, muito mais especiais que as imagens.


Gostaria de dizer aqui que eu já consegui tudo o que eu sempre quis, mas isso seria mentira. Quem é que já conseguiu tudo o que sempre quis? Nós sempre queremos mais.


Ser adulta tem sido uma experiência gratificante. As responsabilidades da faculdade, dos laboratórios e seminários são mescladas com alegrias que eu nunca havia experimentado antes. É a sensação de pertencimento, de estar exatamente onde se deveria estar e fazendo o que se gosta. É estar em contato com pessoas muito diferentes, mas ainda assim saber que, em certo nível, todos ali tem bastante em comum. Sempre achei que nunca precisaria encontrar pessoas parecidas comigo para ser feliz... sempre vivi muito bem na diferença. Mas, sinceramente? Compartilhar algumas ideias e opiniões convergentes com as de outro ser humano é bom de vez em quando. Ainda mais quando, paradoxalmente, não poderiam existir tantas pessoas divergentes em uma mesma sala.


A verdade é que eu estou começando a ver o mundo como ele realmente é. Algum dia, como eu estou lendo no Jovem Príncipe, nós vamos ter que abandonar o nosso asteroide e compartilhar o grande planeta Terra com as outras pessoas. Nossa rosa pode acabar murchando, nosso carneiro na caixa pode não passar de uma fantasia, ervas daninhas podem tentar roubar a nossa inocência... tudo isso faz parte do crescimento. Isso não significa, porém, que o asteroide vá deixar de existir dentro de nós. Ele pode ser o nosso porto seguro, nossa memória mais querida, nosso refúgio... só não podemos viver mais nele.


E eu, particularmente, jamais me contentaria com a vida pacata em um asteroide. Sou o tipo de pessoa que precisa subir no cometa e conhecer tudo o que existe em volta... só depois eu vou sossegar em um planeta.


Bem, e vocês? O que andam fazendo? Que rumo tomou a vida de vocês? Era esse o rumo que petendiam tomar?


Vejam bem, isso aqui não é uma droga de autoajuda (com todo o respeito). É mais um bate-papo entre velhos amigos que não se veem (está mais para um monólogo, é claro... isso aqui pode ser uma espécie de diário de bordo perdido, e talvez ninguém jamais chegue a ler).


Enfim, queridos... a noite está correndo. Cuidem bem dos seus baobás.


Beijos da velha amiga (e me perdoem pelas divagações nostálgicas da madrugada),


Amanda

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como o tempo passa!




2009 - Mecânico, eca.



2010/2011 - Professor, êee

Ok, faz muito tempo que eu não posto por aqui, provavelmente vocês nem devem saber quem eu sou (eu também não sei quem são vocês) mas isso não faz diferença no momento.

Ok, faz. Eu costumava postar por aqui durante 2009, era uma das coisas que mais gostava fazer naqueles tempos em que eu trabalhava com mecânico e ainda estava terminando meu colegial técnico. Mas como todos sabemos, as coisas mudam. Dois anos fazem uma ENORME diferença na vida de uma pessoa.

Ok, fazem diferença mas não tão ENORME assim. Ainda sou a mesma pessoa que gosta de ir a shows e fica com a pulga atrás da orelha com certas coisas. A diferença é que agora não tenho mais aquela necessidaaaade de publicar pra galerinha ler.

Ok, até tenho vontade, mas... Falta alguma coisa. Comecei a refletir, antes meu horário favorito para a escrita era nos intervalos do meu antigo trabalho. Hora de almoço era sinônimo de sentar na frente do pc e escrever. Mas como proceder quando você parou de trabalhar com mecânica, entrou na faculdade de letras, começou a trabalhar em escolas e já está até dando aulas? O tipo de vida que levo agora é bem diferente, não odeio mais o que faço. Todos os dias acordo super feliz com o fato de que vou trabalhar. Não bastando isso, tenho um imenso prazer e diversão no trabalho e faculdade, que pra mim são lazer. Será que o melhor incentivo para a escrita então é uma situação de desconforto?

Ok, eu concordo com isso. E também aquele 'nada para fazer e tempo para passar'. Não sei vocês, mas quando eu estou de férias e tenho todo o tempo livre do mundo não faço NADA, e quando estou trabalhando/estudando consigo me desdobrar facilmente para atender a tudo que quero fazer.

Mas, ok. Esse ano eu vou tentar organizar melhor minha vida e rotina e voltar a escrever aqui. Reler todos meus posts ontém deu uma saudade do caramba!! (apesar dos vários erros de crase, que provavelmente ainda devem existir, apesar de eu agora ser professor de redação, gramática e interpretação de texto. Mas não sou pago pra escrever aqui, então vou escrever tudo do jeito que eu quero, há!

Um beijo nos coração de todos você. (só pra escrever errado mesmo, gente, é ironia)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Hoje seria aniversário da Júlia, que esteve escrevendo com a gente aqui neste blog. E foi assim, infelizmente, que eu e a Marília descobrimos uma coisa bem triste: segundo seu profile no Orkut, ela morreu em um acidente de carro no último dia 15 de dezembro.

Não tivemos muito contato com ela, (sabia que ela era minha conterrânea, mas nunca nos encontramos por aqui), mas pelos seus textos, dava para perceber que, mesmo tão nova (ela tinha apenas 15 anos), a Júlia tinha um talento e tanto.

Que ela esteja em paz, e que continue brilhando em um bom lugar, que, com certeza, é onde ela está.

Resolvi reunir alguns posts dela aqui:

Texto de Apresentação da Júlia no Blog

Incríveis/Estranhas Semelhanças
Yes Dinner. No Problems.
É Impossível...
Memórias no Armário
O Meu Sonho Não Materialista
Não Foi Desta Vez...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os 33 Homens Que Fizeram o Meu 2010

~~esse post vai sair uma merda, não estou com um pingo de inspiração~~

O que é preciso para fazer o ano de alguém? Tá, certo, não dá para responder essa pergunta com exatidão, não vou forçar a minha pouca capacidade de invenção com firulas e nem ficar instigando a imaginação de vocês. Eu resolvi ir pelo caminho mais fácil.

Como no semestre passado já resolvi aprontar a lista dos Homens Mais Bonitos de Cada Seleção da Copa, nada melhor do que mais uma lista para agitar este fim de ano, não é? Afinal, fim-de-ano é lista. Todas as potenciais notícias estão em sua grande maioria sentando a bunda em uma areia quente, tomando cerveja e olhando pro mar, ou algo equivalente a isso de acordo com o gosto de cada um. E eu estou aqui, com a bunda sentada na cadeira do computador, até que algo mude de alguma forma.

Tá, não estou tão parada assim na minha vida, longe de mim. Mas é o que eu estou fazendo em uma sexta-feira à tarde enquanto ninguém me contrata.

Enfim, escolhi os 33 Homens que Fizeram o Meu 2010. 33. Mas 33? Também não sei o porquê. Não tem nada a ver com Jesus Cristo - eles não se parecem com Jesus. Mas espero que falem como um gentleman, assim como eu imagino. Tá, bom, tá. Só peço desculpas a Wagner Moura por ter deixado ele de fora dessa. Também fiquei sentida, mas ele é muito last week...

Para comentar, escolhi quatro pessoas do Freckled Team que têm personalidades totalmente opostas. São elas: Marília (@mariliasays), Camila (@strawberry_tea), Ana Paula (@devilishgrin) e Letícia/Lola (@ohsugarcube).

Enfim, confiram a lista e vejam o que eu estou falando (é só clicar na imagem abaixo). Aguardo os comentários de vocês!


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Uma Indignação

Lembrava de ter escutado a história no bar, mas tinha perdido o principal ponto do absurdo. Hoje, vasculhando a comunidade de Jornalismo da PUC-Campinas, li que uma aluna, bolsista do ProUni, foi agredida (fisica e moralmente) por não ter dezessete reais para pagar uma parte de um TCC. A agressora em questão é uma das velhas conhecidas que desfilam os dinheiros de seus pais pelos quatro cantos da Universidade, e como provavelmente não lhe ensinaram em nenhum momento da vida que as coisas não funcionam desse jeito, ela se via na razão no alto de uma mensalidade que atingirá os quatro digitos em 2011.

Eu não conheço essas pessoas. Mas posso imaginar as suas personalidades, embasada nas pessoas das quais já me sentei ao lado e também naquelas que todos os dias estão na minha frente nas filas da praça de alimentação ou da biblioteca. Esse lance de faculdade particular, vou dizer para vocês... Tem gente que vê como uma extensão daqueles tempos babacas de seus ensinos fundamentais e médios. Tem gente que coloca as bundas nas carteiras da sala de aula achando que o poder de seus progenitores irá alavancá-los na carreira escolhida - e o pior de tudo é que a maioria consegue.

Mas olha, o bullying, a bullemia do nosso amigo Faustão, nunca esteve tão em foco. Não que precise estar, muito pelo contrário: é só ser um humano de verdade para perceber o quanto isso é ilógico e cruel. Portanto, é meio discrepante que algo deste tipo venha de parte de uma pessoa às vésperas de sua formação no curso de Jornalismo (e seria vinda de qualquer curso, de qualquer lugar, aliás). Afinal, que tipo de gente está se formando?

Formação não deve ser só vomitação de conteúdo. E também não deve vir só da faculdade. E também é algo que, na mais pessimista das visões, nunca irá se resolver: muitos desses pais que financiam suas lindas e lindos acham bobeira transmitir algum tipo de coisa, ou deixar o seu filho começar a viver de verdade, com as próprias pernas. Sempre lhe darão seus iPods de mãos beijadas, carros zero e uma gorda mesada, o que faz com que muitos desses pupilos acumulem o instinto de agredir, e não de pagar a parte de uma colega que não tem dezessete reais - no caso, um troco de bar para estes.

Mas fica aqui a indignação do dia.

Amadurecer (?)



Não sei vocês, mas desde que entrei na escola meus pais diziam “você tem que estudar pra não ficar burrinha e ir pra faculdade”. Cá estou eu, 16 anos, a um passo do 3º ano do ensino médio. E parece que não faz muito tempo que eu entrava na escola. Não sei se medo é a palavra certa para descrever o que estou sentindo. Mas acho que não estou madura o suficiente para me formar. Não sei, faculdade é meio que coisa de gente “adulta”, certo? E eu sou o tipo de pessoa que ainda assiste episódios da Sailor Moon no Youtube (aliás, a minha preferida é a Sailor Júpiter).

Eu sempre fui a nerdzinha da sala, a que todos os professores tem como referência (se bem que isso tem mudado um pouco em relação a Química). O fato é que todos sempre apostaram em mim e eu tenho muito medo de não corresponder às expectativas. É terrível isso, mas eu ligo muito pra opinião dos outros. E sofro muito antecipadamente, como vocês podem perceber.

Outro problema, que eu acho que deve acontecer com todo mundo, né? Tipo, até pouco tempo eu tinha certeza absoluta que queria fazer História. Bom, agora surgiram mais algumas opções em minha vida, que vou enumerá-las abaixo:

- Letras

- Jornalismo

- Biologia (sim, descobri um ~dom~ pro negócio)

- Música (tô empolgada com o violino que comecei a aprender esse ano)

- Arquitetura (é meio remoto, mas ok)

- Geografia (influência dos meus pais, então acho que não vou seguir isso porque sou rebelde, apesar de gostar um pouquinho)

- Qualquer coisa na área de humanas.

Mas sei lá, tenho um ano inteiro pela frente, né? O Roberto Carlos ainda não cantou, ainda não vi o show da virada e nem vi a Globeleza rebolar. Voltei pra encher o saco de vocês com o meu drama, estavam com saudades?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aos que continuam lendo este blog e curtem Paul McCartney

Recomendo que fiquem de olho no @rocknbeats.




#paulgoesindie

domingo, 7 de novembro de 2010

Tem Um Beatle No Brasil

Tem um Beatle no Brasil. Se você não se empolga com isso, com todo o respeito, eu lhe enclausuraria em um quarto fazendo você amar o Fab Four tal qual Winston Smith aprende a amar o Grande Irmão no Ministério do Amor, se pudesse. Afinal, se o Papa é a divindade máxima da Igreja Católica, Paul McCartney, hoje, é a da música (Ringo Starr, me desculpe, apesar de eu te amar, não é todo mundo que é louco o suficiente para isso). E já vejo a ocasião emocionando até os mais resistentes, que acabam entrando na onda da histeria coletiva e, quando veem, acabam até o tratando por seu título nobliárquico britânico, Sir.

Sir é um título concedido a alguém que tem poder sobre outras pessoas. E como Macca tem esse poder! O poder de mover obsessões beatlemaníacas, bem ao seu sentido literal, já tendo a idade de um vovô - 68 anos e ele, com certeza, é mais bem-vindo por aqui do que qualquer vampiro do Crepúsculo ou um irmão Jonas.

Paul tem aquele poder de quem sempre acreditou que a música era a maneira mais eficiente para se transmitir algo que nenhum ser humano deveria recusar, seja lá de qual forma for: amor. Amor expresso em yeah yeah yeahs catárticos ou no conforto de um menino que presenciou a separação de seus pais. Amor que ensinou a um jovem John Lennon que não viveu lá uma vida familiar muito normal, e que este tratou de transmitir da mesma maneira.

Já se passaram 40 anos de quando a sua primeira banda meteórica chegou ao fim. Mas o sonho - me perdoe, John - não acabou. Nunca vai acabar. Quantos clichês caberiam em uma explicação do porquê esta foi a melhor do mundo? Inúmeros. Mas eu fico - agora vocês que me desculpem - apenas com o meu: ultrapassar gerações e gerações com músicas das quais cada uma deixou um legado enorme para todos os outros que vieram depois. E esta ultrapassagem foi o que me permitiu conhecê-los e idolatrá-los em uma época na qual eu estava descobrindo o que era música, aos acordes de Eight Days a Week aprendidos na aula de violão, ao inglês macarrônico da minha mãe cantarolando Something. Something, a melhor música do mundo, talvez. Não é de autoria de Paul McCartney, mas ele reconhece - homenageia o amigo George Harrison com a letra apaixonada em sua turnê mais recente.

Turnê recente que passou neste domingo em Porto Alegre e que, daqui a 14 dias, terei a oportunidade de conferir ao vivo. Posso garantir que ainda é inimaginável. É como se eu estivesse fazendo com que 2+2 virasse 5. Mas já que comecei com a onda das citações orwellianas no início deste texto, por que não?

Vem que vem, Paul!





sábado, 30 de outubro de 2010

O 'era uma vez' da Democracia

Era uma vez uma cidade linda e encantada, chamada Colônia. Quem governava essa cidade era um nobre Príncipe, que havia vindo de terras longínquas apenas para morar com os seres encantados daquela terra mágica (ou para fugir de outro homem, chamado Napoleão, mas isso não vem ao caso).
As criaturas mágicas se sentiram muito lisonjeadas por finalmente terem seu soberano em suas terras, e a ele prestaram suas condolências e sua imediata obediência.
Com o tempo, alguns problemas foram surgindo para abalar a paz na bela e pacata Colônia. Os unicórnios, seres fantásticos com um chifre de ouro cravado no meio da testa, começaram a se achar mais importantes do que as demais criaturas, justamente por causa dos seus chifres.
"Nós somos especiais", um deles disse. "O Príncipe e sua família nos usam como montaria, o que nos torna importantes. Temos um chifre brilhante que nenhuma outra espécie tem. Queremos que nosso amado governante nos reconheça!"
O Príncipe, que não podia abrir mão do apoio dos unicórnios, declarou que eles eram mais importantes do que as outras criaturas de Colônia, apenas para que pudesse continuar montando neles e os usando como bem entendesse.
E foi assim que surgiu a Nobreza, classe dos unicórnios.
As fadas, que estavam começando a prosperar em seus negócios e aprendendo a usar o dinheiro (a moeda estava na moda naquele momento, já que o Príncipe havia criado o "Banco da Colônia"), sentiram-se extremamente prejudicadas. Não era justo que os chifres de ouro dos unicórnios fossem polidos todos os dias com as flanelas que só eram compradas por causa do dinheiro delas.
Aos poucos, as fadas perceberam que elas eram as mais importantes da cidade. Então, sabiamente, o Príncipe decidiu começar a transformar algumas fadas em unicórnios também. Para engrandecer o ego dos seus súditos, ele mudou o nome 'Colônia' para 'Reino Unido à Metrópole'.
"Assim fica tudo resolvido", ele pensou.
Errado: o problema era que a cidade tinha outros habitantes além de unicórnios e fadas. Haviam os duendes, que vieram de muito longe e eram usados como escravos pelos outros, e também os sátiros, que viviam ali muito antes de tudo aquilo.
Os sátiros eram os verdadeiros donos de Reino Unido à Metrópole. Mas quem os daria ouvidos? Eram apenas sátiros, afinal.
As tensões foram aumentando e os conflitos foram começando a acontecer. Foi mais ou menos nessa época que nasceu uma poderosa feiticeira, que dominaria a cidade encantada para sempre: a Imprensa.
Imprensa tinha poderes extraordinários: ela era capaz de revirar a mente das criaturas e fazê-las acreditarem no que ela bem quisesse que acreditassem.
Era o que faltava (somado a outras coisas, é claro) para que os seres mágicos se rebelassem. Veio o filho do Príncipe, que governou por mais tempo e declarou que Reino Unido à Metrópole mudaria de nome outra vez, passando a chamar-se 'Imperial'.
Imperial prosperou muito (ou assim seus habitantes pensavam). O filho do primeiro Príncipe teve outro filho, que também ficou lá governando.
Infelizmente, criaturas de outras cidades surgiram, também interessadas em Imperial. Além disso, a menina Imprensa ia crescendo e se tornando uma mulher bonita e perigosa.
Não demorou muito e o Terceiro Príncipe foi expulso da cidade. Nesse meio tempo, vale a pena lembrar, sua filha assinou uma lei que libertava todos os duendes da escravidão.
Só que a liberdade não resolvia, porque ser escravo era a única coisa que eles conheciam.
Aos antigos duendes, novos se juntaram ao longo do tempo, como os imigrantes e outros excluídos. Eles ficaram à margem desse "conto de fadas", esperando uma oportunidade para se tornarem personagens de verdade da história.
Um dos unicórnios subiu ao poder e disse que, daquele momento em diante, Imperial estaria livre da Metrópole para sempre.
E o nome foi mudado outra vez, é claro. Dessa vez, Imperial foi chamada de 'República' .
Infelizmente, mudar um nome não muda os problemas. Mas sabem como são os unicórnios, não é? Só conseguem olhar para o seu próprio chifre de ouro.
Já não se sabia mais quem era unicórnio e quem era fada (ou havia sido, de qualquer forma).
O tempo foi passando e muitas outras coisas aconteceram, boas e ruins. Não vou ficar aqui contando toda a história de República, ou jamais sairemos disso. Basta que vocês saibam que lá naquela terra, aconteceu de tudo um pouco! Até mesmo outra mudança temporária de nome: 'República' virou 'Ditadura', e por duas vezes. Um dos ditadores era bem parecido com um duende. Ou com um sátiro, talvez... não sei dizer. A eles, era bastante favorável.
Os outros ditadores eram os elfos, responsáveis pela segurança das outras criaturas. Não demorou muito e eles ficaram loucos, lançando Ditadura em uma banheira de sangue.
A Imprensa já era a verdadeira soberana: enganava a todos direitinho! Conseguiu tirar Joãozinho do poder, um dos governantes da cidade, apenas por ter assustado a classe média.
Na época em que a cidade se chamava Ditadura, a Imprensa mentia para todos os habitantes. Ela gostava dos elfos, queria que eles continuassem no poder. Diziam as más línguas que a feiticeira era apaixonada por um deles, mas jamais saberemos ao certo!
Os elfos não duraram muito, e logo a velha 'República' estava de volta. Aliás, velha não... queriam chamá-la de 'nova'.
República ganhou um apelido também: 'Democracia'.
Agora chegamos onde eu queria!
Democracia não muda de nome há bastante tempo. Ainda assim, ela é muito jovem, e algumas pessoas não conseguem compreender isso. Dêem tempo à Democracia, ela precisa amadurecer ainda!
Muitos governantes subiram ao poder nesses últimos anos. Alguns venderam as riquezas de Democracia a preço de banana, mas outros se esforçaram para tirá-la do buraco.
No momento, a Democracia está quase fora desse imenso buraco onde foi enfiada. Ela estava tão no fundo, mas tão no fundo, que não conseguia nem ver a borda! Agora já pode enxergar a luz, e está bem perto de subir para a superfície.
Uma disputa acirrada está acontecendo em Democracia-República. Um dos unicórnios/fadas, chamado Arres, está concorrendo com uma duende, Amlid. O governante anterior, Alul, está apoiando a candidata Amlid. Os dois são da mesma panelinha.
Democracia-República é assim agora: uma competição entre panelinhas!
O problema é que nenhum deles é soberano de verdade. A Imprensa continua mandando em todos e revirando a cabeça de todos também.
"Eles pensam que são independentes... um bando de idiotas", ela ri diabolicamente, todos os dias.
Não cabe aqui dizer se eu sou a favor do Arres ou da Amlid. Digo apenas que acho o Arres muito inteligente e muito perigoso, e a Amlid é integrante de uma ótima panelinha, mas tem um passado misterioso. As criaturas estão indecisas.
Ou será que eu também estou sendo enganada pela Imprensa? E se ela estiver só brincando, assustando a classe média de novo?
Sabem, eu conheço a Imprensa. Apareci em seus olhos sombrios algumas vezes, tive sua atenção por um ou dois segundos. Fiquei estampada em sua cara, e depois ela seguiu adiante.
A Imprensa é que me aguarde: da próxima vez, eu não estarei apenas em seus olhos. Vou atacar direto o seu coração.
Serei Jornalista, uma das servas da Imprensa! E tomo aqui uma decisão: farei de tudo para mudá-la, de pouquinho em pouquinho.
Quem sabe assim República-Democracia (ou sei lá como a chamam agora) não se levante finalmente? A Imprensa não é a razão de todos os problemas, obviamente, mas cria muitos deles. Ela mente, engana e desfigura a verdade. E o pior: nesse período de eleições, não faz isso apenas com um dos candidatos.
Vamos vencê-la algum dia, eu espero.
À ela e à sua irmã mais velha, a Injustiça. Imprensa e Injustiça se dão muito bem!
Atenção à elas.

Fim.


OBS: Amanhã, votem com consciência. Não se iludam pelos truques da Imprensa.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Da Bolha


Pouco me importa o posicionamento político ou em qualquer outro âmbito de alguém - afinal, sou uma pessoa que preza pelas diferenças. Mas esse tal alguém aí tem que ser gente. Gente de verdade, que convive com gente, que está localizada na Terra, e não em uma bolha qualquer perdida no espaço-tempo. Porque os habitantes de bolhas irritam. E muito.

Um exemplo claro é o que venho observando neste período de eleições (por isso até citei o posicionamento político, no caso). Pegando um caso específico, pessoas que criticam o Bolsa Família acabaram passando pelo meu caminho. Certo. Mas os motivos? Nada plausíveis. Desumanos, eu diria.

Tem gente que diz que o Bolsa Família devia ser para todos. Devia mesmo? Você, que os pais sustentam até a retirada de um chiclete da sola do seu tênis, acha mesmo que devia receber um Bolsa Família? E essa mesma gente diz que o Bolsa Família serve para alguém ganhar sem trabalhar... Vamos lá, vamos criar um reality show com essa gente: Sustente a sua família com 200 reais. Quero ver quem enfrenta essa desafio.

Desigualdade social no nosso país não é novidade, mas vejo gente nova tratando-a com pouco caso. Tratando-a com pouco caso porque vive bem e não sabe e nem se interessa no que está rolando fora de sua bolha. Acha melhor discriminar, generalizar, sei lá. E ainda quer ter razão.

E este tipo de falta de respeito está presente em pequenas mentes em todos os lugares. Na quarta-feira mesmo, presenciei uma banda de abertura ser vaiada no show do Green Day. Começa daí. E daquele que fecha os olhos quando vê uma pessoa idosa entrando em um ônibus lotado. E daquele que julga alguém pela sua aparência ou por alguma característica que o torne evidente em um certo espaço. E daquele que se recusa a ouvir opiniões [plausíveis] distintas.

E, infelizmente, não importa quem ganhar as eleições ou a Copa do Mundo de 2014 - só dando um pause no mundo e consertando os problemas, um a um...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Música Pop Mata

01 da manhã. Seu dia foi uma merda, sua vida amorosa não caminha, seus objetivos parecem estar todos no lixo. É quando você posta uma letra de música que diz tudo isso em seu Tumblr (versão moderninha do caderno de rabiscos, apesar de eu portar vários deles) e resolve dar play em uma seleção do Big Star, banda da qual você lembrou quando assistiu a Adventureland na semana passada.



A faixa acima já diz tudo: A sua depressão aumentou, não é mesmo?

Sábio Rob Fleming, concordemos com ele. Deveriam proibir as crianças de ouvirem música pop desde cedo, e não de brincarem com armas. Música pop é o caos do mundo. Elas são o motivo de nós estarmos sempre buscando algo que não podemos ter. Alguém, algo, um buraco maldito que nosso coração insiste em parecer portar - o que nos impede de viver uma vida normal, deixando com que as coisas aconteçam, sem falsas esperanças.

Ouvir música pop faz ser insuportável não ter alguém para amar. Freddie Mercury já cantou sobre isso, aliás. Nos engana, disfarçando a tristeza do amor em belas melodias e vocais bem arranjados. Nos embala - mas, na verdade, nós é que tentamos adaptar as nossas vidas de forma com que elas passem a nos embalar. Olhamos para uma canção e acreditamos que ela é a história da nossa vida. Ou será que nós é que gostaríamos que as nossas vidas fossem daquela maneira?

Música pop mata. Mata de agonia. Ou de alguma outra forma, se você for um romântico mais radical. Mata porque nos desgasta. Mata porque nos enlouquece. Mata porque nos tornamos dependentes dessa droga e precisamos dela a cada vez mais. Não vivemos sem ela, não é? Será que nós somos burros? Não... Acho que, na verdade, é uma válvula de escape bastante inteligente.

sábado, 21 de agosto de 2010

Pré-estréia do terceiro ano e afins

Boa noite, queridos leitores do freckled! Vocês devem estar se perguntando que título é esse, certo? Além de estarem se perguntando se eu ainda estou viva, é claro.
Bom, estou viva sim. O terceiro ano é que rouba todo o meu tempo e priva a todos vocês do ar da minha graça.
É justamente sobre terceiro ano que eu decidi escrever aqui, mais precisamente sobre o show do terceiro ano no Abel. É o seguinte: todo ano, há quase 20 anos, o terceiro ano do Instituto Abel se junta e faz uma espécie de show, onde os alunos dançam, cantam, interpretam, imitam os professores (essa é clássica!) e outras coisas mais. O show se chama "Pré-estréia".
Como a boa jornalista que eu pretendo ser algum dia, decidi coletar algumas informações e abrir um espaço para falar de algo que todos querem saber: como relaxar um pouco no terceiro ano, sem perder o foco do estudo.
A vida nos corredores frios do Abel tem sido uma esperiência fascinante. Desde o começo do ano, já explodiram um banheiro, levaram um berrante para a escola na época da copa (aquele instrumento de som fantástico que os fazendeiros usam para guiar os bois), e um aluno colocou UMA CODORNA VIVA no armário do outro (uma brincadeira inocente que terminou em muita confusão). Aqui vai uma recomendação: se você está no Ensino Médio e a sua escola também disponibiliza armário para os alunos, certifique-se de que o cadeado está bem apertado antes de ir embora.
Também tem a festa no banheiro (os meninos cantam e dançam lá no banheiro masculino e depois saem levando todo mundo em um trenzinho) e a festa do recreio na turma F (até amplificador de iPod as pessoas levam, é muito engraçado!).
Voltando ao show, a minha peça se chamava "Jornal Bafafá": uma espécie de plantão que dava as melhores notícias do mundo e da escola que ocorreram durante o ano (com bastante ironia e bom humor, é claro).
Se você está se perguntando como relaxar um pouco desse clima de vestibular, por que não programar um evento assim na sua escola? Todas as turmas se integram, a convivência muda e até mesmo as pessoas mais tímidas ficam animadas.
É claro que, depois desse descanso, a idéia é justamente pegar mais pesado no estudo e passar logo dessa fase ruim de final de ano. Depois, é formatura e diversão!
A codorna no armário foi uma idéia muito criativa do meu amigo, tenho que admitir. A cara do outro menino quando ele chegou na escola de manhã e abriu o armário foi impagável! O bicho fez cocô em tudo. Como cabe tanta bosta em uma coisinha tão pequena? Não faço idéia!
São essas pequenas coisas que a gente vai levar do nosso terceiro ano. As histórias engraçadas, as inseguranças, os amigos... aproveitem ao máximo, porque esse é o tipo de coisa que só acontece uma vez na vida!
Segue o link da abertura para os que quiserem conferir. Se decidirem assistir ao show todo, é só ir clicando nos outros vídeos que ficam ali ao lado (eu sei que todos sabem disso, mas a minha tarefa é informar). Copiem e colem no navegador, juro que vocês vão rir bastante da nossa Pré-estréia!

http://www.youtube.com/watch?v=g52i6XA1Zs0

Beijos, até o próximo bate encontro!

OBS: Dedico esse post ao meu professor de Matemática que vai se aposentar, Zé Antônio. Eu não entendo nada que você fala, mas te amo mesmo assim!
OBS 2: Ele foi o professor homenageado no final do primeiro dia de apresentação (são três dias de show: sexta, sábado e domingo). Vale a pena ver esse vídeo, é lindo demais e todo mundo chorou!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Os Jogadores Mais Bonitos da Copa do Mundo

Foi um árduo trabalho para escolher os jogadores mais bonitos de cada seleção que competiu na Copa do Mundo FIFA de 2010. Chegou-se à conclusão de que a Espanha carrega os melhores homens do mundial, enquanto o Chile levou calamidades pavorosas. Justificou-se a profissão com safadeza, chamando a lista de pesquisa jornalística. Excluiu-se Cristiano Ronaldo, porque este faz as sobrancelhas e pinta as unhas de preto, retirando a si mesmo da categoria HOMEM. Mas o resultado é uma lista maravilhosa (apesar das fotos horríveis de divulgação da FIFA), que pode lhe reservar algumas novidades, como as pintas sensuais de Winston Reid.

Contei com a colaboração da Thayline Rodrigues, colega no estudo de Jornalismo na PUC-Campinas, e de várias garotas (e até mesmo um garoto) no Twitter que enviaram as suas opiniões. Espero que gostem, e sintam-se a vontade para comentar no Flickr, no Twitter ou aqui mesmo.

Não deixe ainda de ver as Menções Honrosas, com homens que não estão na lista abaixo, mas também são bonitos ou têm algo a oferecer para a lista.

Clique aqui para ver o trabalho.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dia Sem Globo, bla bla bla...

Em uma linguagem simples e direta, me senti na obrigação de vir aqui comentar tudo o que eu acho sobre este caso.
Pois bem, o Brasil inteiro está nas mãos de um homem. Carlos Caetano Bledom Verri, Dunga, ou Burro, que seja. Um homem que, mais do que nós, deseja que a seleção brasileira seja campeã. Porque além de ele ser campeão mundial, brasileiro e blá blá blá, é o trabalho dele fazer com que isso aconteça.
Do outro lado, temos a toda poderosa Rede Globo. Bla bla bla império capitalista que bla bla bla ajudou o Collor a vencer e bla bla bla acha que comanda o mundo e bla bla bla bla bla bla. Mas que todo mundo assiste. E para atender à população que a assiste, nada mais justo do que tentar levar as informações que esta população quer ouvir, não é?
Uma vez ouvi de um repórter da emissora que o fato de você fazer parte dela não te difere de um outro. O papel deste é correr atrás das informações, apurar as informações e fazer o possível para que a sua reportagem aconteça. Na mesma ocasião, tive a oportunidade de conhecer a preparação para uma reportagem de repercussão internacional. Muitas pessoas do meu curso, que eram facilmente atraidas pela ideia de serem musos impassíveis que aparecem na TV, pensaram seriamente em largar tudo e fazer um curso de modelo e manequim, porque o negócio não era fácil mesmo.
Portanto, não é uma questão de Rede Globo. É uma questão de imprensa. Custava ao técnico da seleção brasileira criar um pouco mais de educação em suas palavras? Custava a ele pensar que, assim como ele está trabalhando, aquela pessoa que está tentando conseguir as informações também está trabalhando? O que Tadeu Schmidt fez foi defender a imprensa, e não a Globo. Defender o trabalho do cara que estava lá. E isso poderia ter acontecido com alguém com qualquer cubo no microfone. E todos tomaram as dores de Dunga. De repente, ele não era o burro. Porque, ah, eu quero mudar o mundo e vou começar xingando muito a Globo no Twitter! O Dunga é lindo!
Logo, os pseudo-revolucionários de sofá, que nem compreendem muito bem a situação, decidiram ficar um dia sem Globo. Ai que bonitinhos, não? Poxa vida, vamos ficar sem a Globo por um dia porque ela foi sem educação com o nosso Dunguinha falando aquelas coisas!!!!
Tá legal, se acharam a atitude tão errada, vamos ficar sem Jornalismo pra sempre, que tal? Confiando em tudo o que nos enviam no Twitter, nas correntes de e-mail... Ah, que legal, o Lima Duarte morreu, eu li nos Trending Topics! Vamos deixar que o Dunga use seus segredos de sedução na seleção brasileira e depois vamos assistir ao jogo e achar uma merda. E não ouviremos justificativas para tal. Vamos ser uns Big Brothers, no sentido reality show da palavra.
Por mais que a Rede Globo tenha as suas manchas, dessa vez ela só estava fazendo o seu trabalho. E que tal começar a procurar o seu?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A estrada de tijolos amarelos


Olá, freckled leitores! Por onde andam vocês, que não comentam mais por aqui?
Bom, eu espero que hoje vocês mostrem as caras, porque eu vou falar de um assunto importante pra todo mundo: a estrada de tijolos amarelos do "Mágico de Oz".
Já sei... "Por que diabos isso seria importante para mim?", não é?
Vou explicar...
Vocês já imaginaram em como seria bom se encontrássemos um caminho que nos levasse exatamente para onde queremos estar? Como em um conto de fadas, todos os nossos sonhos se realizam.
Por que as coisas não podem ser assim?
A questão é que, quando nós podíamos ter ficado na estrada de tijolos amarelos, deixamos essa oportunidade passar. E o pior de tudo: nem foi nossa culpa!
A grande oportunidade de alguém em encontrar este caminho reside na infância, quando acreditamos que tudo é possível e nos deslumbramos com qualquer coisa.
É exatamente por isso que uma criança sempre pode estar perto da estradinha: porque uma criança está sempre feliz, então ela automaticamente já está no lugar perfeito onde queremos chegar. Ela não deseja nada mais e nem nada menos do que já tem: a própria infância.
Eu e minha professora de Português, Marileide, estávamos discutindo sobre este momento transitório em nossas vidas: quando uma criança vira um adulto e pára de brincar.
Geralmente as pessoas não conseguem se lembrar de como isso aconteceu... É tudo muito confuso. A verdade é que, como a Marileide disse, em algum ponto de nossas vidas nós perdemos a imaginação.
Ela me contou que observou isso de perto em um dos filhos dela. Em um dia como outro qualquer, ela percebeu que os bonecos e os carrinhos dele estavam intocados e organizados na estante (o que não pode ser normal). Ela perguntou: "Filho, por que você não está brincando?", ao que ele respondeu: "Eu não consigo pensar em outra história".
Isso explica tudo, não é? Nós simplesmente não conseguimos pensar em outra história... agora, nos afastamos da estrada de tijolos amarelos e continuamos procurando-a incessantemente.
No meu caso, o fim da estrada de tijolos amarelos é um pouco incerto. Existem várias coisas que me deixariam feliz, e eu realmente espero que, quando eu chegar lá, elas estejam amontoadas todas juntas, como roupas novas esperando para serem experimentadas.
Seriam, basicamente, quatro grandes sonhos: passar para uma boa faculdade federal, me tornar uma grande profissional, alcançar o sonho maravilhoso de ser uma escritora esplêndida e encontrar também um grande amor.
Esses dois últimos sonhos são os que eu prezo com mais carinho... Justamente porque são mais difíceis, imagino eu. Reparem que eu não disse ME CASAR (muitas pessoas conseguem isso), eu disse ECNONTRAR UM GRANDE AMOR. Nem todo mundo que se casa encontrou isso de verdade.
Então, baseando-me em todas as minhas observações, eu acredito ter encontrado a fórmula correta para chegar à estrada da Dorothy: ver as coisas como uma criança veria, mas sem deixar de ser uma adulta por causa disso.
Todos nós somos capazes de ser assim. É essa pequena parte de nós (a parte que permanece na infância, sempre) que ri quando vê um bebê batendo os pequenos pés na areia da praia e gritando para a água do mar. Ou que acha lindo quando vê dois amiguinhos descendo em um escorrega, ou vê uma escola na hora do recreio, ou volta aos nove anos de idade quando está com uma amiga de infância. Isso acontece porque, bem no fundo de nossas mentes, nós nos lembramos de como era (mesmo se pensamos que não).
Devemos permanecer maduros, no entanto. Crianças são ótimas para enxergar a vida de verdade, e adultos são ótimos para tomar decisões importantes.
Essa é a receita infalível da Amanda.
Prometo que o meu próximo post será mais divertido e engraçado... Acho que eu estou nostálgica desse jeito por causa de Toy Story 3 (que eu ainda não assisti, por sinal).
ME DISSERAM QUE UM DOS BRINQUEDOS QUEBROU... GENTE, ISSO É VERDADE??
Enfim...
Nos vemos no fim da estrada! :)
Beijos, até a próxima.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Taça do Mundo é Nossa


Me pressionaram pra voltar a escrever aqui mais do que pressionaram o Dunga para escalar o Neymar pra seleção, mas ao contrário do nosso querido profs, estoy aqui, galere.
E como é óbvio, vim para comentar sobre a Copa. A Taça do Mundo já é nossa, não? Estamos confiantes! Meu país fala a língua do otimismo, bonito, bonito, é assim que se fala!
E neste dia tão glorioso, começou a me pintar um resfriado. Se for Gripe Suína, nenhum lugar vai me atender direito, não sairei no jornal porque, bem, é claro, NÃO IREI MORRER! É COPA GENTEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!! (lembrando que estou vacinada contra essa praguinha, mas é só uma hipótese)
Gostaria de pedir desculpas por não saber mais escrever a la Freckled way, mas é a força do hábito. É triste, minha gente. Faculdade de Jornalismo é uma revolução industrial em suas mãos. Aos poucos é que a gente vai aprendendo a remanejar isso.
A verdade é que, hoje em dia, pra descobrir se você tem graça ou não, é só ver o número de RT's que te dão no Twitter. As pessoas me retwittam pouco. Não sou uma celebridade do Twitter. Portanto, não sou engraçada. Mas e daí? Isso nunca foi problema, não é?
Porque a melhor notícia de hoje foi que Dunga veste Herchcovitch. Isso que eu chamo de fazer uma estreia não tão boa, porém, com classe. Porque o glamour ele tem, né...
E o Kaká? O Kaká eu curto assim. O Galvão, que, aliás, ainda não respeitou a vontade geral da nação falando um monte de merda (porque, querido Galvs, o objetivo não é fazer com que você pare de narrar os jogos de futebol, afinal, sua voz é um CLÁSSICO, mas o objetivo é que você pare de falar MERDA, FALOU?), superestimou o Ricardo Izecson e, no fim, o cara não fez nada mais do que ser bonito naquele campo (tava precisando de gente bonita naquele campo mesmo). Eu sei que ele pode fazer melhor. Já fui sãopaulina um dia, quando estive iludida e perdida nos caminhos da vida e caí na tentação de torcer para um time de futebol específico graças ao meu falecido avô.
Mas bonita mesmo, aproveitando o gancho, é a seleção alemã. De corpo e alma. Futebol bonito, homens bonitos, e olha que nem meu Deus do Universo Michael Ballack estava em campo, com sua camiseta por fora do calção. Claro que também teve gente muito bonita na Inglaterra, mas aquele frango fodeu com tudo, foi de sacudir as jóias da rainha!
Mas voltando ao Brasil, vamos falar sobre o nosso próximo embate. Dunga, estou olhando para o minicraque que tenho seu, que ganhei numa promoção da Coca-Cola de alguma copa (a de 98, creio eu) e pedindo para que siga o meu conselho: Bota o Grafite pra escrever essa copa! Tô falando, li na borra de café que esse aí que é o cara! Vai meter mais gol que o Ronaldo Fenômeno (deixo aqui meu protesto por ele não ter ido à Copa, afinal, é a primeira Copa da minha vida sem Ronaldo Fenômeno).
Acho que a gente ganha da Costa do Marfim. Só uma opinião alienada, sem nenhum fundamento técnico, de alguém que não sabe mais nada do astro Drogba além de que ele joga no Chelsea e, inspirado no Coldplay, vai montar uma banda com os seus colegas de time. (por essa aposto que você não esperava)
E para encerrar esse post inútil, aprenda a tocar uma Vuvuzela!!!!!!!!!!!!!!!
E aproveito para ditar as regras da etiqueta da Vuvuzela:
1 - Não tocarás sua vuvuzela em momentos nos quais o time do seu país não está fazendo gol.
2 - Não participarás de concursos de condomínio de melhor assoprador de vuvuzelas.
3 - Não combinarás o uso da sua vuvuzela com queimas de fogos.
4 - Não farás piadas infames comparando o doce nome VUVUZELA com o respeitoso órgão sexual feminino.
5 - Aproveitando a deixa, se quer tanto usar a sua vuvuzela e o momento não for adequado, enfia no ... e vê se faz barulhinho :)))))))))))))))))))))))

beijomeliga

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Notícias gerais e fofocas legais!

QUE SAUDADES DO MEU FRECKLED!!
Decidi tirar as teias de aranha e reivindicar o meu posto de tanto tempo aqui no blog. Gostaria de informar a todos que estou no TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO, e acho que isso basicamente responde às perguntas sobre o meu desaparecimento do mapa (desculpa, chefinha linda! Tenho certeza que você entende, nossa história é londa ahaha). Minha mãe diz que eu ando estressada, rabugenta e grossa como jamais fui (isso é bastante coisa, podem ter certeza).
Não quero entendiar a nenhum de vocês com o meu dia-a-dia monótono... Ao invés disso, que tal nós discutirmos algo construtivo de verdade? Sabem como é, atualidades e tal. Essas coisas que todo vestibulando precisa saber!
Uma dica para quem está passando pelo mesmo drama que eu: se você não decidiu direito o que vai fazer da sua vida, o Guia do Estudante é um ótimo site para se fazer pesquisas relacionadas a isso! http://guiadoestudante.abril.com.br
Também sugiro que vocês comprem as revistas, pois abrangem muitos conteúdos!
Quero expressar aqui uma preocupação pessoal e pedir a opinião dos nossos queridos freckled leitores: falando sobre atualidades, o que vocês acham sobre o caso do brasileiro sequestrado por nigerianos na África?
Não quero ser alarmista nem nada do tipo, eu sei que o representante comercial brasileiro Osmar Pereira já foi libertado nesta quinta-feira (27), perto da cidade de Johannesburgo... Mas combinemos que a situação não foi legal. A Copa do Mundo vai ser ótima para o desenvolvimento da África, sem dúvidas... Mas vocês não acham que todos os problemas internos pelos quais aquele continente passa podem ser uma questão séria? Grupos de rebeldes brigam com seus respectivos governos pelas jazidas minerais, a AIDS devasta grande parte da população e atentados são cometidos com regularidade (sem falar os campos de refugiados). Certo, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, prometeu aumentar a segurança no país para sediar os jogos... A questão é: será que ele consegue? Não quero pôr em dúvida todas as conquistas e o desenvolvimento que a África alcançou nos últimos anos (principalmente na área da economia), mas ainda assim é uma preocupação. Não sei vocês, mas se eu fosse um terrorista revoltado vendo meu povo sofrer abaixo da linha da miséria, eu não veria melhor hora para reivindicar do que em um evento mundial, onde eu posso chamar a atenção de todos e mostrar a minha indignação. Claro, eu estou tentando raciocinar através da mente de um pscicopata. Pode ser que ninguém vá fazer nada em honra a um bem maior (como a imagem da Áfria no exterior, por exemplo).
O que vocês acham? Quero opiniões, posso ter uma Dissertação Argumentativa sobre isso muito em breve.
Quanto a parte das "fofocas legais" no título... Quero que VOCÊS me contem alguma, porque as que eu tenho são sobre os bêbados hilários no meu churrasco de turma semana passada. Uma amiga minha (que foi jogada na piscina, por sinal) terminou sozinha no banheiro, de calcinha e sutiã, passando brilho labial de uva em frente ao espelho e dançando enquanto ligava para as pessoas (como se isso fosse super natural).
Enfim... É tão bom estar de volta! Mesmo que seja só por uma noite (e Deus sabe quando estarei aqui outra vez). O bom e velho Freckled é um ótimo lugar para desabafar!
Beijos, mantenham contato!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Jornalismo, Com Diploma!


Primeiramente, quero pedir desculpas pela minha ausência. Não é descaso nem nada, mas muitos sabem que estou começando uma nova fase da minha vida, que é meu curso de Jornalismo.
Alguns já devem ter acompanhado a novela de como cheguei a tal decisão e blá blá blá.
Mas posso garantir pra vocês: Eu não estou nem um pouco arrependida.
Sabe, acordar de manhã e sorrir porque vai estudar o que realmente gosta. Nada de Matemáticas estranhas e seus amigos. Biologias, não, não. Ciências humanas, na mais pura essência, livros, livros, textos, textos... Um cansativo que se torna legal. Uma prévia do que irá se tornar a sua vida, se você realmente quiser ser um Jornalista.
Enfim, é tudo muito interessante. Os livros são ótimos (ao menos os que peguei pra ler até agora), o conteúdo é extremamente instigante e os professores são brilhantes (ao menos na minha Universidade (PUC-Campinas)... 4º melhor curso de Jornalismo do país... Cof cof. hehehe).
E, pela primeira vez na vida, tenho certeza de que essa sensação de encanto com algo não vai acabar. Não pode, ao menos. É a profissão que escolhi pra mim, não é? Então vamos lá: Futura jornalista, com diploma.
Lembrando ainda que vocês também podem me encontrar escrevendo para a Aliás, para o blog Abra Aspas e para o site Rock 'n' Beats.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Minhas Experiências de Universitária (Introdução)

Okay, eis que hoje é meu primeiro dia em Botucatu/SP. Muita gente não deve saber, mas eu estou aqui para cursar a faculdade dos meus sonhos, Medicina Veterinária na UNESP. É o que eu sempre mais quis na minha vida, então cá estou.
Vou morar com duas veteranas do 3º ano da VET, e elas são super legais. Vou dividir o quarto com uma delas por enquanto e dormir num colchão, mas nem ligo. Isso me deixa feliz, até, sabe? Porque isso é o de menos, eu tô realizando o meu maior sonho de vida e ISSO sim importa.
Por enquanto, digamos que faz menos de três horas que cheguei aqui. Já desfiz as malas, coloquei as coisas num guarda-roupas que estava disponível e tal. Parece que eu tô em casa, de alguma forma. Não sei como nem por quê, mas parece. Me sinto bem aqui (:
Hoje eu não sei o que eu vou fazer, ainda, mas parece que vamos ao mercado. Sei que, amanhã, tem festa dos bixos e eu ainda NÃO tenho certeza se vou ou não. Vou passar lá na frente com certeza, pelo menos, com as meninas, mas elas me deixaram meio "vamos ver" se vou ou não. Então, né. Mas tô pensando seriamente.
O mais engraçado, só, e que vai demorar pra me acostumar, é o meu apelido: Fusca. Vira e mexe as meninas me chamam e eu nem ligo HUAHUHAU. Que feio, Camila. Precisa aprender seu novo nome.

Depois conto pra vocês mais em Minhas Experiências de Universitária (Trotes e Festas), a parte 2 das minhas grandes aventuras.

Antes que eu esqueça: BOTUCATU DESPREGUEIA! -q

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Johnny Be Good!



Johnny G. Weir, 25. Patinador artístico americano. Quem acompanha as provas de patinação na Olimpíadas de Vacouver deve ter visto essa figura no individual masculino. Gente, eu apaixonada por ele! Não no sentido sexual da coisa, coisa meio impossível. Mas ele é coisa mais gracinha desses Jogos! Liguei a TV para ver aquela virilidade dos outros atletas (ui!) e não me decepcionei, mas Johnny é mais que um patinador. Ele é um popstar. Nesta apresentação no Festa On Ice, dançando Poker Face vocês podem entender do que eu estou falando. Não digo que ele seja o melhor patinador do mundo (prova disso é que ele terminou em 6º lugar) mas com certeza é o primeiro em simpatia. Em pensar que muitos americanos não ficaram contentes com a escolha dele para representá-los. Num campeonato nos EUA ele foi envolvido numa polêmica por quase usar pele de animais no uniforme (Johnny mesmo desenha suas roupas). Agora, ele estuda em abandonar os patins e fazer moda. Além disso, Johnny já tem um filme e um programa EUA (Be Good Johnny Weir).
Apesar de tudo isso, Johnny é vítima do - adivinha?- preconceito. Prova disso são os comentários ridículos dos seus vídeos no YouTube pelos próprios compatriotas e também pelos - novidade- brasileiros, como visto nos comentários do Terra . Além, é claro, dos comentários sem graça dos comentaristas da Record, que não tinham coragem e usavam de frases como "interpretação própria", "personalidade forte", "roupas diferentes". Álvaro José, ele é gay!

Johnny, você me seduz!

HAHA, gente, essa foi uma tentativa #fail de cobertura esportiva. Mas meu amor pelo Johnny é verdadeiro. Não sou maria-purpurina! Acho.

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