terça-feira, 26 de maio de 2009

Memórias no armário


É, eu estou me mudando. Caixas e mais caixas estão no lugar dos sapatos, roupas e outras coisas que ficavam jogadas pelo chão do meu quarto. Ele está mais bagunçado que antes, se é que isso seria um dia possível. Arruma gavetas, bancadas, pratileiras e outros lugares. Um desses me deixou totalmente chocada, foi o armário. Quando entrei lá, tentando pegar o milhão de meias, sutiãs e blusas que estavam lá, jogadas por mim em algum momento de raiva, tive que, literalmente, entrar lá dentro. Assim que o fiz, me choquei com a quantidade de fotos, escritos, papéis de revistas, rabiscados, desenhos de corações, tudo na parede misteriosa de dentro do armário.

Vi uma foto com duas meninas, uma loira e uma morena. Nenhuma das duas lembrava a mim, mas, estranhamente, o nome Júlia estava acima de uma setinha que se encontrava sobre a figura da menina loira. A outra, morena, tinha um nome que não aparece a mais ou menos 1 ano e meio na minha lista de amizades, mas se eu voltar 7, 8 anos atrás, ele estava sempre presente. Isso me leva a pensar, que nada é pra sempre. A mais forte das amizades, a que tem pelas duas partes a promessa de juntas para sempre, acabou. No começo foi dificil, mas agora, eu ja tenho alguém no lugar onde a garota morena do nome desconhecido ficava, substituições acontecem, é normal.
Em algum lugar da parede, encontro várias palavras juntas, números e rabiscos feitos a caneta por uma letra que demorei um pouco pra reconhecer como minha. Depois de um certo tempo analisando os enignmas na parede, consegui lembrar do meu primeiro msn. Os estranhos rabiscos eram senhas, que uma garota (loira) com um memória ainda não tão aperfeiçoada marcava na parede, para não se esquecer. Tive crises de riso quando me deparei com uma que parecia ser um escrito de eu sou demais. Assim, percebo que eu também mudei. De garota mimada que se achava demais e esnobava quem era de menos, eu fui para a garota normal que não tem nada de interessante a ser descoberto.
Perto de um coração desenhado com meu nome e de mais algum indivíduo (que eu me arrependo de ter visto), encontrei uma foto do RBD, e embaixo da mesma The best band of the world. Consegui me lembrar do quanto fui tirada na escola por gostar de Rebelde, lembro-me de ir parar na diretoria por ter brigado sobre gostos musicais com um garoto peste qualquer que havia passado cola em um dos meus chaveiros do Christopher Uckermann. Realmente, Rebelde marcou minha vida, mas passou, tudo passa. Tenho certeza que nem imaginaria querer mudar minha cidade de futuro do México para Londres. México (e seus habitantes rebeldes) eram o ideal para mim. Parar de gostar, foi uma mudança grande, e boa para mim.

Poderia contar aqui tudo mais o que encontrei na misteriosa e bem colorida parede, mas isso demoraria muito. Eu só sei que descobri um período da minha vida guardado dentro de um armário, por mais clichê que isso pareça. E descobri também que mudanças -boas e ruins- fazem parte da nossa vida, ocorrem todo dia.


FALTAM DOIS DIAS, EU VOU SURTAR!
dois dias e algumas horas para eu ver (bem de longe) os lindinhos e totalmente brasileiros garotos do McFly.
X, Jubs.

2 freckledmaníacos.:

Dóri disse...

Eu tenho uma caixinha de lembranças... Toda vez que abro eu quase me mato de rir. HAHA

Dóri disse...

p.s.: quem me dera ter um armário organizadinho desses...

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