sábado, 3 de janeiro de 2009

EI, TÁXI!

Histórias de ano novo: estou aqui para contar a minha, na virada de 2008 pra 2009.

Crônica 1:
Existem coisas que só acontecem nas horas que você menos quer. Por exemplo: caminhar a praia inteira no meio dos bêbados, sujar o pé com um líquido não identificado (e você sinceramente prefere não identificá-lo), bagunçar o cabelo que você preparou pra virada do ano no percurso e encerrar tudo isso em um táxi sem ar condicionado. Foi uma parte do meu ano novo, acreditem. Isso porque eu não mencionei que um transformista (não sei de qual sexo era o dito ser) decidiu gritar gracinhas que NINGUÉM DEVERIA OUVIR no meio da "rua". Eu uso aspas em "rua", porque já havia virado um lixão humano, com vans sem vidros nas laterais, o som de funk penetrando a mente e poluindo a audição. E gente descendo e se esfregando no chão. Maravilha, ainda temos que aturar esse tipo de coisa, vindo de mentes tão brilhantes que são capazes de dizer que a capital da Inglaterra é Buenos Aires. Apertei o passo, me esforçando pra não esbarrar em ninguém. A banda que estava fazendo o show da praia se esforçou pra cantar, mas ninguém se esforçava pra ouvir. Meu pai se esforçava pra não perder a calma, ele não gosta de caminhar longas distâncias. Minha mãe se esforçou pra acompanhar o passo. Ou seja: todos nós fizemos um grande esforço.
A parte que não exigiu esforço nenhum foi comer. Comer foi maravilhoso, ainda mais a comida da casa da minha tia! Na volta pra outra casa onde nós passaríamos a virada, meu pai não quis andar tudo de novo. Decidimos pegar um táxi, e coincidentemente havia um parado na esquina movimentada. Entramos. Só não sabíamos que o estado dele era tão... Precário.
O delineador começou a descer pelo meu rosto suado, meu cabelo aumentou três vezes por causa do vento da janela aberta. Se alguma criança me visse de longe, era capaz de me pedir um autógrafo: com certeza acharia que eu sou o Simba ou o Mufasa. Depentendo da magnitude, até o Aslam. O taxista ficava puxando um papo estranho sobre natureza, sobre como as pessoas não dão valor as árvores e tal. Eu não estava realmente prestando atenção, porque passamos em frente ao meu colégio, e eu só pude me concentrar em desejar com todas as forças que aquela decoração ridícula que cobria o Instituto Abel sumisse quando eu piscasse os olhos.
Não sumiu, é claro. Constrangedor. Cortamos caminho, para ver se chegávamos mais rápido. É difícil passar o ano novo em três lugares ao mesmo tempo, mas eu consegui. E que nenhum físico inútil me contratiga, só eu sei o que eu fiz! Chegamos lá, eu estava suando demais. Estava cansada, com dor. Comi mais.
Depois fomos assistir a virada do ano, na varanda. Minha melhor amiga me ligou de São Paulo, e eu chorei quando desliguei o telefone. Fiquei relembrando o ano, abracei os meus pais. Pensei em todas as coisas que eu fiz, todos os desafios que venci. Foi o momento "De vonta para sua terra" do meu ano novo: todo mundo se emociona. Provei um pouco do vinho doce da minha mãe, e comi mais rabanada do que eu havia comido no Natal. Depois de insistir muito, convenci meus pais e meu irmão (que estava na dita casa com meus primos o tempo todo e não passou por nenhum sufoco) que me levassem à terceira casa da noite: a casa da minha amiga, onde minhas outras amigas estariam.
Ficaram todos esperando no carro, enquanto eu subia o elevador. Passei um tempo lá, conversamos. Depois tive que ir embora, sem comer o doce maravilhoso que estava em cima da mesa. Fui dormir mais que feliz: havia conseguido falar com todas as pessoas realmente importantes no ano novo, mesmo que só por telefone. Pensei no pobre taxista, trabalhando até altas horas da noite. Minha virada do ano foi maravilhosa, apesar dos pequenos problemas por ela. É o tipo de coisa que dá graça no futuro! Fechei os olhos e caí em um sono profundo, esperando o amanhecer pra começar o primeiro dia de um ano que, com certeza, será glorioso.
xx

Decidi contar as coisas de um modo diferente hoje. HAEOIUHAEIOUHAU. Ei, por onde andam vocês, leitores do Freckled? Dêem sinal de vida, ou eu vou pensar que os alienígenas chegaram mais cedo e levaram todo mundo!

3 freckledmaníacos.:

Anônimo disse...

OE, final de ano eu fico esquecida :P

meu ano novo até que foi bom, como sempre digamos assim :)

e sobre o post anterior
eu quero ler a fic *-----------*

Mari disse...

heeyy....
seu ano novo foi mais engraçado que o meu, principalmente a parte de caminhar longas distancias e tudo mais...mas não a parte do seu cabelo...eu te entendo
[o meu ano novo envolveu um cara bêbado pulando na piscina do clube no meio da festa e secando o celular no microondas depois]

ai q vontade de comer rabanada!

Izadora Pimenta disse...

GEEENTE, isso é Copacabana?

*medo*

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