segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cantar e Viver o Brasil


Vamos lá. Quem me segue no Twitter deve ter uma noção básica do que eu tô falando a semana inteira. Estamos numa manhã triste de terça-feira, 8 de setembro, pós-feriado. Nada muda na minha vida, uma aula estressante de Biologia. Segundo horário. Rola um boato de que a gente iria ao teatro ver uma peça do Positivo. Era algo sobre a história do Brasil, e eu nem me empolguei (eu adoro história, mas a história do Brasil sempre me pareceu meio alheia ao resto do mundo). Beleza, vamos perder aula. O colégio inteiro no teatro municipal, um calor dos infernos porque não ligaram o ar-condicionado. Reparo que no programa da peça que recebemos tem um monte de músicas legais, daquelas que meus pais sempre ouvem ou que eu cantava na época do coral. Edu (Luciano Thomas) e Marina (Milena Castilho) começaram cantando Codinome Beija-Flor. E daí em diante só melhora. Entra o resto do elenco com Gaby (Marisa
 Francisca), Nara (Maithê Lima), Renato (Fernando Ishiruji), Chico (Cassiano Wogel) e Dado (Cleidson Nascimento). Pais e Filhos empolga todo mundo, depois começa uma ordem cronológica, com músicas da República Velha até os dias de hoje. A história é envolvente, e consegui começar a gostar da história brasileira. Não é tão parada quanto eu imaginava, ou talvez foi o jeito que aprendi, vai saber. O fato é que Alfenas nunca viu uma peça tão bem montada. Sabe, na minha sincera opinião: todo mundo reclama que não tem cultura em aqui, mas ninguém faz nada. Como disse um dos organizadores do festival de teatro que vai rolar em outubro, cultura em Alfenas sobrevive por uma força cósmica. Mas isso não vem ao caso.
Quarta feira, dia tedioso, aula o dia inteiro. Todo mundo comentando o espetáculo, as músicas e de qual ator gostou mais. Ficou no ar aquele "gostinho de quero mais" (lugar-comum modo on). Mas eis que na quinta-feira, depois do recreio, a coordenadora dá um ataque de loucura 
e manda a gente pro teatro de novo. Ninguém se importou. Pelo contrário. Foi mais lindo ainda, porque todo mundo se soltou, balançou os braços, bateu palma no ritmo das músicas. Notícia maravilhosa no final: o elenco vai ao colégio no dia seguinte para conversar conosco na hora do intervalo. Na saída do teatro eu dou um vexame, pra não perder o costume. Não ví um degrau e fui caindo escada abaixo. Quase levo a minha amiga, se não fosse uma força do além pra me segurar. Quem quer que seja, muito obrigada.
Bom, sexta-feira foi O DIA. Eu, particularmente estava super ansiosa para conversar com eles. Quer dizer, a torcida do Flamengo inteira estava. Mas eu estava eufórica. Tanto que meu professor de Sociologia me xingou legal. E eu não sou o tipo de pessoa pra ser xingada. Mesmo Sociologia sendo um porre, eu fico quieta. O que não foi o caso nesse dia. Pô, toda hora as pessoas saíam da sala pra ver o que estava acontecendo, é demais pro meu coraçãozinho. Ainda bem que o professor liberou a gente antes do sinal. Começamos a sessão de fotos à la tietes mais cedo. 
Meninas em geral interessadas no Cassiano. Inclusive eu, confesso. Como se não bastasse assistir duas vezes, eu queria mais. Amanda, Renata e eu combinamos de ir ver a última apresentação na cidade. Só que aparece muito mais que a gente lá. Metade do colégio, Campos Gerais e povão em geral. Não cabe tanta gente no teatro. O resultado foi um monte de gente de pé ou sentado no chão. Fui uma das primeiras a chegar (uma hora antes do horário marcado para começar). O problema era que tinha gente que reservou lugar. O jeito foi correr feito doida pra sentar num lugar estratégico. Bem na frente e no corredor. Ah sim, levei um cartaz. Ninguém acreditava que eu teria coragem de levar, mas eu levei, com a seguinte frase: "Chico, eu fico. Beijo me liga!" . Foi lindo. Sério. Mas aí começou o show de horrores por parte das menininhas mais novas que estavam lá. Sério, elas devem ter errado o caminho do show dos Jonas Brothers, ou mesmo do McFly. Porque elas gritavam tanto, esperneavam, descabelavam como se a histeria tivesse algum fundamento. Vejam do que estou falando. Foi da falta de educação total à selvageria. Como a Amanda mesmo disse, elas estavam se debatendo contra o ônibus. E o grito de guerra preferido delas? "CHIIIIIIIIIIIIIIIIIICOOOOOOOO!" É, foi angustiante. Eu fiquei totalmente na minha, pedi pra tirar foto e tals... Depois que tudo isso acabou, a ideia da noite: vamos para o hotel. Somente um homem no grupo. O resto ficou por conta de nossa loucura e os contatos da Raquel com a Marisa. Fomos todos à pé até lá, a ideia do Táxi era até muito convincente, mas ninguém tinha dinheiro. O que a gente ia fazer no hotel? Ninguém sabia. Nós não sabíamos nem se eles iam receber a gente, pra falar a verdade.
Fomos na recepção, e surpreendentemente o carinha não nos mandou catar coquinho ou deu desculpa esfarrapada e chamou-os. Logo a Marisa Francisca foi conversar conosco, mais o Luciano, a Maithê e o Fernando. Altos papos, eles foram super simpáticos. A surpresa da noite foi que as meninas-búfalos conseguiram machucar o Cassiano, que acabou não descendo pra falar conosco. O garoto que estava com a gente deu em cima descaradamente na Maithê, que não deu a mínima pra ele. A menina dos contatos estava se achando que era linda e absoluta e começou a chamar eles de "Lu" e "Fer". Não deu muito certo. Eu nem fui muito ativa na conversa, sou mais observadora sabe. 
Apesar de tudo, foi uma das semanas mais legais dessa minha vida parada, e que rendeu um dos posts mais longos que escrevi. Cantar e Viver o Brasil é mágico. Se vocês tiverem a oportunidade de ver, não a percam. Só tenho a dizer que depois de tudo isso eu vou me matricular numa escola de teatro.

That's all, folks.  

1 freckledmaníacos.:

Anônimo disse...

Fiquei super com vontade de ver essa peça, parece ser super legal!

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