Passam dores, passam mágoas...

... mas a saudade não passa!
O fim de ano acabou por me fazer entrar em depressão. É sempre gostoso relembrar tudo o que aconteceu durante esses meses (ou tudo aquilo que não aconteceu...). Sabe, eu sou bem sentimental, e não sei se por isso, eu sou muito apegada as pessoas. Acabei de dizer tchau para os primos de uma amiga que moram em outra cidade... falo com eles todos os dias e vejo eles também de vez em quando, então não é um grande motivo pra se ficar triste.
Eu tenho amigos no país inteiro que são muito mais considerados por mim do que muitos daqui da minha cidade. E eu fico TÃO brava com isso, de morarem longe e tudo mais! Mas ai eu penso 'Ei, pelo menos eu converso com eles quase todo dia, minha mãe não tinha esse privilégio'. E eu fico dividida entre dar graças a Deus ou mandar o satã tomar no c*.
E é muito estranho acabar sentindo esse buraco no peito que eu estou sentindo nesse minuto só porque eu SEI a saudade que eu sinto de ter as pessoas que eu gosto perto de mim 24 horas por dia. Alguém me entende? Eu sou muito ruim de não valorizar os meus amigos que são daqui e que eu vejo todo dia e querer mais ainda? Por que, ó pai, as pessoas que eu gosto não se amontoam num bolinho e me seguem alá homem sombra pra todo lugar que eu for, aí eu poderia ter certeza de que eles sempre estariam lá pra me fazer sentir bem...
E isso não se trata só de pessoas. Lugares, até comidas ou músicas. Ou até alguma noite com conversas sobre meninos e de papo pro ar, são tantas coisas que fazem meu coração apertar. Eu queria tanto voltar pro Rep Lago, dançar El Venao e fazer grito de guerra todo dia, ou dormir na casa da Victória com todas as meninas rindo ao mesmo tempo, ou comer o pão que minha avó lá de Presidente Prudente faz. MAS COMO EU ODEIO ESSA COISA DE TEMPO, eu queria ter um controle remoto tipo CLICK e voltar pra onde eu quiser, pra quando eu quiser e principalmente pra quem eu quiser.
Ô coisa chata.

A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar...