sábado, 13 de fevereiro de 2010

Senhoras e senhores, EU JOGUEI FUTEBOL!

Nossa, faz tanto tempo desde a última vez em que eu postei aqui! Mas eu prometo, queridos freckled leitores, que todo o atraso será compensado hoje.
Tenho um assunto inacreditável sobre o qual escrever: EU JOGUEI FUTEBOL NA PRAIA!
Eu sei, eu sei. Também não acreditei em mim mesma!
A questão é que, como muitos sabem, eu não sirvo para nenhum esporte. Corro da bola, grito, sou distraída e fico olhando para outros lugares. Só me lembro de uma vez na qual fui prestativa: na quinta série, SEM QUERER, eu fiz um gol no handebol. DE OLHOS FECHADOS!
Foi realmente memorável.
Enfim... Apesar de todos esses motivos para não chegar perto de jogo algum, eu acabei topando jogar futebol onze horas da noite. As locuras que fazemos no versão, não é?
Eu viajei para Guarapari nessas férias, e acabei conhecendo um monte de gente que ficava pelo calçadão da praia. Saíamos toda noite e íamos para o "Praiero Beach Bar", um lugarzinho legal que fica em cima de uma pedra.
Eis que, na última noite de férias, quando eu achei que TUDO o que podia acontecer já havia acontecido, me apareceram com essa idéia louca de jogar futebol na areia da praia.
Arregalei os meus olhos e pensei a respeito. Fiquei com medo de jogar por vários motivos, mas o principal era: só havia eu e mais duas meninas ali. O que significava que o resto dos jogadores eram homens, e portanto tinham mais força e habilidade com esse tipo de coisa.
Não estou dizendo que TODOS OS HOMENS jogam futebol melhor do que as mulheres! Só estou dizendo que é assim na MAIORIA das vezes. Sempre há uma exceção, mas esse definitivamente não era o caso.
De qualquer forma, me convenceram. Eu caminhei até a areia, tirei as minhas lindas sapatilhas de flor da Melissa, tirei o meu cordão e joguei os meus cabelos para trás. Depois disso, juntei os meus pertences em um canto e fui para o meio do campo, sem saber ao certo o que eu estava fazendo.
Vários menininhos pequenos e fofos se juntaram ao jogo. Fiquei mais tranquila ao ver o tamanho dos meus adversários, o que foi um grande erro.
Quando a partida começou, ficou mais claro do que nunca que tamanho não é documento! Algumas criancinhas até reclamavam que "eles só passavam a bola para os grandes".
Havia meninos ali que eram tão bons que poderiam ser filhos do Pelé com a Marta Vieira da Silva!
Alguém chutou a bola para mim e eu saí do caminho, gritando como uma histérica. O capitão do time (que era lindo, diga-se de passagem) sorriu pacientemente e me colocou no gol.
Esse foi o maior erro da vida do cara.
Um anãozinho de jardim veio correndo com a bola nos pés para fazer um gol em mim. Eu comecei a rebolar para lá e para cá, quase tão bem quanto a loira do Tchan! Pois o safadinho virou para o outro lado no último instante e a bola entrou.
Quando o segundo gol foi feito (a bola havia batido na minha mão), eu decidi sair dali. Isso porque eu havia sido HUMILHADA por um menininho que passou por mim e disse: "Agarra direito!"
Foi uma observação muito corajosa da parte dele, se considerarmos que sou o triplo do seu tamanho.
Então eu enfiei o meu rabo entre as pernas e saí indignada, xingando baixinho para que ele fosse pro inferno e levasse a retardada da Branca de Neve também.
Voltei para o meio do campo e tentei correr atrás da bola. O Capitão Maravilhoso fazia algumas brincadeiras de vez em quando, do tipo "vamos parar o jogo para que ela possa chutar a bola só uma vez" e "essa é a minha zagueira". Eu sabia que ele estava só sendo gentil, é claro.
Às 12:30 eu desisti da minha carreira recém-começada de jogadora. O pai da minha amiga apareceu ali, possesso, já que ela havia desaparecido desde a hora do almoço e estava sem o celular.
Terminei a minha grande noite levando apenas os meus pertences, meus pés machucados e o restinho da minha dignidade.
Apesar de tudo, tenho uma ótima conclusão para apresentar:
Vou queimar a minha fita de "Branca de Neve e os Sete Anões".

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