terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Amor, meu doce amor...


Oi meus queridinhos e queridinhas!
O post da Mandi me deu uma boa idéia para o meu post de hoje. O filme da sessão da tarde de hoje também (ABC do Amor, muito fófis). A verdade é que o tempo passa e as coisas mudam. Sempre. Tô filosófica hoje :D
Enfim, era o meu primeiro ano de escola e o Caio Túlio me enchia o saco todo dia me chamando de Marília cara de pilha (tudo a ver ¬¬') e girafa, afinal eu era BEM maior que qualquer molequinho chato. Você deve estar pensando que a história é sobre o Caio Túlio, mas eu tenho que lhe dizer que você está redondamente enganado, HOHOHO ,como eu sou Mah! /trocadilho infame mode on. Eis que surge na minha vida um defensor dos frascos e comprimidos. Um garotinho menor que eu, olhinhos azuis, língua enrolada (num sotaque meio Fletcher) e muito bonzinho. Ele me defendia de todos os meninos chatinhos da escola que implicavam comigo. O engraçado é que nem da minha classe ele era e até então eu nunca tinha visto ele na minha vida. Ele me fazia companhia na hora do recreio, a gente dividia o lanche, ele batia nos meninos pra mim e tudo seguia seu rumo, como devia ser a amizade de duas crianças de 6 anos. Até que uma onda de namoros invade a pré-escola. Um monte de coleguinhas meus começam a namorar, a andar de mãos dadas e tudo.Ele me pede em namoro. O que eu respondo? Ora, uma criança de 6 anos não está apta a receber um convite desses, eu simplemente falei:
- Não, Y., minha mãe não deixa.
O que não deixa de ser verdade, afinal se minha mãe descobrisse que eu tinha um namorado ela iria me matar. Não matar, mas pelo menos deixar um bom tempo de castigo.Tudo bem, ele não ficou chateado nem nada e continuamos amigos. Na primeira série ele ainda me fez a pergunta duas vezes, e todas as vezes eu neguei, claro. O mais inesperado aconteceu. Aquela amizade que eu pensei que duraria pra sempre acabou. Ele mudou de escola. Pensei que ele tivesse até mudado de cidade, mas 7 anos depois eu vejo Y. na apresentação do coral que minha irmã participava. Eu participava também, mas saí porque estava tudo muito monótono. Ele fazia um solo lindo de uma música em italiano. A voz dele completamente diferente, mas reconheceria ele de qualquer jeito. Quer dizer, aquela língua presa estava na mesma. Eu via Y. novamente. Este ano eu voltei ao coral, porque eu precisava loucamente de uma atividade extracurricular. O engraçado é que ele parece não se lembrar de mim e eu também não tive coragem para me aproximar dele. Agora ele está muito maior que eu, está muito bonito e eu acho que gosto dele. Esse destino que brinca com a gente... Ele nem dá bola pra mim e o máximo que a gente conversou foi numa apresentação num casamento que a gente cantou. Ele ficou do meu lado. Eu podia sentir a voz dele no meu ouvido cantando Trenzinho Caipira com aquela voz linda. E sua respiração. E o braço dele escostando no meu.
- Nossa, eles bem que podiam ter dado umas cadeiras pra gente sentar, né? - disse Y.
- É mesmo, o pior é que meu pé tá doendo te tanto ficar parada
- SHIIIIIU - disse a regente do coral,que também era mãe da noiva
- E esse frio? Minhas pernas tão geladas, sorte sua que tá de calça. Essa meia 3/4 é uma porcaria. - eu disse
- O pior é que a gente tá aqui de graça e nem vamos pra festa. É muito amor à música. - falou Y.
- Marília e Y., será possível que não vão calar a boca? - falou a regente chata de galocha novamente
É, foi aí que terminou nosso papo. Depois dessa apresentação no casamento, em maio, eu nunca mais voltei ao coral. É porque arrumei as aulas de violão, que é justo no dia do ensaio. Mas não, o destino é implacável. Ano que vem eu irei para o mesmo colégio que ele. Só Deus sabe o que me reserva o 1º ano do Ensino Médio.

Os Freckled leitores devem ter reparado o quanto eu sou inconstante. Não sei mesmo o que eu quero da vida, é por isso que eu tô aqui. Sanidade mental não está nos meus planos :D

3 freckledmaníacos.:

Anônimo disse...

que histótia bunitinha!

quem sabe o destino de vcs dois está entrelaçado? (que poético hehe)...

já penso vcs dois na mesma sala? vai rola um clima ...

Izadora Pimenta disse...

Ai que bonitinho! duhauhduahda

Anônimo disse...

estou comovida *-*
sério, tipo de coisa que se você escrever numa fic, livro ou crônica, ninguém diz que não é pura ficção, mas sabe como é, a vida imita a arte e tudo mais...

awn, quero mais posts sobre a continuação [feliz, não traumática] dessa história!

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