terça-feira, 1 de setembro de 2009

Filosofia Pokémon

Presumo aqui que todos os meus leitores cuja infância se deu na década de 1990 partilhe dos mesmos sentimentos que eu. No momento, você pode estar me chamando de doida, louca e desvairada por estar criando uma filosofia baseada em um mero e simples anime (ou desenho japonês, como preferir) de aventura. Espero te convencer de que faz sentido – até porque meu cérebro ligou todas as coisas enquanto eu jantava às onze e meia da noite, depois de cinco longas aulas no cursinho.

Eu, como a maioria das pessoas, só peguei Pokémon no ápice. Vi no máximo três temporadas, três filmes e parei quando saíam os rumores do quarto, O Mistério de Celebi (acho que é isso). Meu irmão ainda assiste, como fã assíduo, e ele viu todos os filmes e colecionou as revistas por uns quatro anos. É, por isso eu acabo aprendendo por DIFUSÃO (por osmose é errado #biologia). Mas o que importa é que compartilhamos a noção da história: Ash faz aniversário e pode, finalmente, ser um treinador de pokémons. Então, ele recebe o seu primeiro, um temperamental Pikachu, que se torna seu melhor amigo durante a jornada, bem como Brock, Misty e outros tantos que surgem no meio do caminho. Como todos sabemos, na maior parte das batalhas, Ash sempre começa levando a pior, precisando sempre da ajuda de seu melhor amigo, com quem tem uma conexão enorme, para vencer após árdua luta. Daí, tiramos uma lição: o Ash não é daqueles heróis perfeitinhos. Ele não é o melhor e nem nada, mas ele é “real” (me entendam). Na hora da dificuldade, ele realmente conta com seu melhor amigo, e, algumas vezes, eles ganham.

Me entendam bem, pessoas: algumas vezes. Não é sempre. Mas ele sempre se apega à sua dignidade e força de vontade para conseguir o que quer, e não abaixa a cabeça se não o consegue: ele persiste. Alguns dizem que persistir no erro é burrice, eu discordo: acredito que persistir no erro pode ser um caminho para o acerto. Como? Simples. Enquanto você erra, você pode errar o seu erro (deu pra entender?) e acabar acertando. Ou você descobre o que está errado e, então, acerta. Depende bem do persistir no erro. Se for algo absurdo e sem sentido, aí é burrice mesmo. Bom, o que importa é que o Ash, muitas vezes, também desiste da batalha, mas desiste por causas nobres. Ele nunca desiste por desistir, só desiste se houver algo gritantemente mais importante para se cuidar do que uma simples batalha, como a amizade. O nome disso? Honra. Posso parecer cafona, brega e ultrapassada, mas essa palavra, junto de “fidelidade”, é o que resume os meus mandamentos de vida. Ambos andam interligados: de nada adianta fidelidade que fira sua honra, do mesmo modo que ser cegamente fiel se pode feri-la.

Por fim, lembro-lhes de como eram fechadas as jornadas (cada jornada era uma temporada, lembram?): com um grande torneio de batalhas. E o Ash vencia? Até onde eu me lembro (me corrijam se eu estiver errada HAHAHA), não. Mas ele sempre salvava vários pokémons, bem como seus amigos, da Equipe Rocket e suas armações. Voltando ao início dessa filosofia, tudo começou quando eu jantava e passava uma das fases novas de Pokémon na televisão do meu irmão. Por isso, eu me lembrei da música (não me lembro se do primeiro filme ou da segunda temporada): “Se você quer ser um mestre Pokémon, ser de todos o melhor, vamos lá!”. O Ash é, incontestavelmente, um ÓTIMO treinador. Não porque ele tenha mais insígnias ou mais vitórias, mas porque ele tem honra e fidelidade àqueles que lhe são importantes. Isso é o que faz uma pessoa ser digna de ser chamada de uma boa pessoa.

PS: obrigada por me acompanharem na nostalgia! :D

1 freckledmaníacos.:

Júúú disse...

CAMS, adorei hahaha
gostei da linha de raciocínio, fui convencida. lol
ô nostalgia x)

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