quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De volta aos meus nove anos de idade


Como eu já contei aqui , me mudei de casa, já vão fazer mais ou menos 5 meses, de acordo com meu calendário "Quanto tempo faz que vi o McFly pela segunda vez", é, eu me mudei no dia após o show, imaginem meu estado. Estava terminando de arrumar mais um caixa, coloquei seu destino "Lixo ou Casa da vovó" e peguei a próxima. Ao abri-lá, um grande cheiro de plástico misturado com perfumes invadiu meu olfato, me levando de volta à melhor época da minha vida, nove anos de idade. Me lembro de toda sexta-feira ser o melhor dia da minha vida, pegava minha ex-melhor amiga na escola, pois estudávamos em períodos diferentes, o carro vinha cheio, eu, ela, minha mãe e as 79 sacolas de barbies, pollys, casinhas, carrinhos e mais inhos e inhas. Lembro-me de chegar, colocar um super tapete no quarto e montar a casa, a sexta feira acabava, e finalmente a casa estava pronta, mas não tinhamos mais vontade de brincar, portanto, pegávamos ou "Meninas Malvadas" ou "Dormindo fora de casa" ou "Confissões de uma adolescente em crise" para assistir e dormir, conversando sobre qualquer coisa relacionada a uma certa banda mexicana.
Ao acordar, a vontade de brincar logo nos invadia, e escolhendo os papéis na brincadeira, começávamos. Com as Barbies, o assunto era mais sério, marido, filhos e trabalho. Já com as Pollys, curtíamos a vida e os namoradinhos loucamente.
A imagem da minha mãe, na porta do meu quarto, nos chamando com bolo e pipoca, é inesquecível também. Ela não podia entrar, não havia como, só nós conesguíamos passar pela bagunça, muito cuidadosamente.
Quando, lá pelas quatro da tarde, já cansadas de brincar, pegávamos as melhores roupas, passávamos maquiagem - ou tentávamos passar - e saíamos com nossas bolsinhas para ir até a doceria, que era na rua logo abaixo a minha. Voltávamos felizes da vida, com doces, pirulitos e bolachinhas, das quais me lembro o gosto até hoje.

Mais um dia acabava.

No começo do dia seguinte, não consegíamos mais brincar de boneca, já estava cansativo. Portanto, uma saia jeans, botas da minha mãe, gravatas vermelhas do meu pai e uma blusinha branca ajudavam na brincadeira. Eu a loira, ela a ruiva. Quem nunca dançou e cantou para a parede?

Assim, o final de semana acabava.

A semana começava, e, rapidamente, a sexta chegava.

E mais um divertido final de semana começava.

Era tudo tão fácil, eu não precisava nada além da minha casa, da minha melhor amiga e de imaginação para ser feliz.

Sinto vergonha do que preciso agora.

Sinto saudade daquele tempo.


X,
Jubs.

1 freckledmaníacos.:

Malú disse...

Chorei, oi.

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